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Ex-Multishow Gil Jung aposta em nudez nas redes: 'Não é fácil como pensam'

Filipe Pavão

De Splash, no Rio

15/07/2022 04h00

Gil Jung ficou conhecida por posar para revistas masculinas e apresentar programas da madrugada do Multishow, mas saiu dos holofotes em 2017 e decidiu estudar Psicologia. Anos depois, durante a pandemia, ela voltou a explorar a sexualidade, porém, na internet, um espaço que dá "mais autonomia para as meninas", segundo a modelo.

Hoje, aos 37 anos, ela segue apostando na sensualidade ao produzir fotos e vídeos sensuais nas redes sociais. Em bate-papo com Splash, Jung afirma que tudo isso dá muito trabalho.

"As pessoas não têm noção de que a Gil Jung Ltda é uma empresa. Existe todo um trabalho por trás. Tem que ser criativo. Faço pesquisas de mercado e percebo que muitas meninas não conseguem ficar a longo prazo porque é um trabalho intenso. Você tem que ficar alimentando, presente diariamente. Não é fácil como pensam", diz.

Jung conta que seu trabalho na internet vai além da nudez em plataformas como a Only Diamonds e OnlyFans. Ela já lançou o livro "Como conquistar uma mulher bonita mesmo sendo feio?" e adianta que prepara dois cursos para ajudar o público masculino, associando a sensualidade aos conhecimentos da Psicologia.

"Desde que saí do Multishow em 2017, eu estava muito fechada ao sensual. Eu achava que não ia mais voltar. Pensei em ir para outros lados, conquistar o público feminino, mas entendi que o meu público é masculino e é com ele que tenho de conversar. Quando caí na real e chegou a pandemia, eu vi o quanto eu poderia ganhar com isso", lembra.

"Estou desenvolvendo dois cursos para lançar nos próximos meses. O foco é na autoestima e na conquista masculina. É um mercado pouco explorado. Percebi que poucas pessoas querem falar com os homens. Existe uma carência para produtos de empoderamento masculino, apesar de as pessoas não gostarem que eu use esse termo".

Sei que os homens olham primeiro a minha beleza, mas é legal que eu possa trazer algo mais, sabe? Uso a beleza para atrai-los, mas também faço conteúdo para promover saúde e bem-estar aos homens. Esse é meu propósito daqui para frente.

Jung começou a posar de forma sensual aos 19 anos, em 2006, para o site Colírio, do clicRBS, no Rio Grande do Sul. Depois, fez ensaios para revistas como a Playboy, trabalhos como modelo, até chegar à TV. No Multishow, apresentou programas que mesclavam entrevistas e ensaios.

"Quebrei muitos tabus. Hoje, a nudez é bem mais comum que naquela época... Fui sendo conhecida por meio da sensualidade, ela me levou à TV. Mas apesar de ter todo apelo sexual, o sensual nunca foi vulgar. Existe uma linha tênue entre o sensual e o vulgar. Consegui manter essa linha sem ir para o vulgar. Não tenho problemas com a nudez", diz.

Televisão encaretou?

Hoje, ela pensa que o monopólio da televisão diminuiu após o crescimento das redes sociais e plataformas na internet. Além disso, enxerga que a televisão encaretou e diminuiu o espaço para "a mulher bonita e gostosa".

"A TV ficou muito careta. Nossa, mudou muito. Parece que hoje tem pouco espaço para a mulher bonita e gostosa. Se você não tem um QI ou não é de família, rico, complicou", opina.

Ela conta ainda que essa falta de espaço a fez perder vontade de seguir na TV e ir estudar Psicologia. "Preferi ir atrás do que depende mais de mim. Tirei meu foco da TV pelo espaço ser pequeno. Demorei para conquistar o que conquistei, mas foi muito rápido para perder. Então, hoje, eu foco nos meus estudos", diz.

Na internet, pelo contrário, há maior liberdade para produzir conteúdo e menos espaço para "caretice", tanto que seguidores de Jung fazem pedidos ousados. Alguns são bem inusitados.

Mais comum que me pedem é para vender calcinha usada. Mas vou te falar a verdade: até meu peido já me pediram para comprar.

Conteúdo na internet dá lucro?

Jung reitera que a produção de conteúdo para web dá trabalho, mas também remunera mais que a TV. "Hoje estou muito melhor que na época da TV e do Multishow. Essa nova era (da internet) dá muita oportunidade para quem quer focar", explica.

Sem revelar valores, ela diz que está em busca dos "seis dígitos". "Não gosto de falar sobre isso porque tem altos e baixos, depende do seu foco. A meta é chegar nos seis dígitos. Não tô rica ainda. Quero chegar lá com meus livros, YouTube, OnlyFans. Trabalho não falta", diz.