Mamonas Assassinas apoiariam Lula ou Bolsonaro? Familiares opinam
Os Mamonas Assassinas, que morreram em um acidente aéreo em 1996, tornaram-se assunto nas redes sociais durante a semana. O motivo? Especulações sobre qual seria o posicionamento político da banda em 2022.
Um perfil no Twitter, intitulado "Carol e Samuca melhores amigos", defendeu, em uma sequência de publicações, que os músicos não apoiariam o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Após a repercussão, familiares dos músicos comentaram sobre o assunto em entrevistas a Splash.
Dinho apoiou Lula em 1994
Jorge Santana, primo do vocalista Dinho, lembra que o cantor foi ativo na campanha de Lula (PT) em 1994. O candidato perdeu a eleição para Fernando Henrique Cardoso, do PSDB à época.
Antes do sucesso meteórico com a banda, o artista trabalhou na equipe do político Geraldo Celestino, eleito em oito oportunidades vereador de Guarulhos (SP), cidade em que o grupo musical foi formado.
"Uma vez o Lula se atrasou para um comício em Guarulhos (SP), e o Dinho, brincalhão, começou a imitá-lo no microfone. As pessoas gritaram e bateram palmas acreditando que o Lula estava lá. Os até tiraram uma foto juntos neste dia", lembrou em conversa com Splash.
O que os familiares acham?
Jorge Santana
O primo de Dinho também é o responsável por administrar a marca da banda e possui os direitos autorais das canções lançadas pelos Mamonas Assassinas durante a carreira.
diz o posicionamento oficial da marca
Já Fernando Hinoto, sobrinho de Bento Hinoto, afirma que o tio e os demais integrantes da banda, Júlio Rasec, Samuel Reoli e Sérgio Reoli, não eram ligados à política como Dinho, mas também defendiam posicionamentos inclusivos.
"Eles não tinham uma ideia tão formada, eram muito ligados à música. Não sei se todos teriam uma posição ativa politicamente, mas eram de origem pobre e compartilhavam princípios de igualdade", opinou.
Acidez nas letras
As críticas ao cenário sociopolítico estão presentes nas letras, destacou Fernando. Ele afirma que o grupo sofreria para conquistar o público em tempos de "polarização política".
Fernando Hinoto
"Sabemos que os posicionamentos públicos trazem retaliações. Mas sou pela arte. Ela não pode e não deve ser criminalizada", afirma Jorge Santana.
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