Após cancelamento de 'Batgirl', filme com Marquezine corre risco?
Depois de gastar quase R$ 500 milhões (cerca de US$ 90 milhões) no filme "Batgirl", a Warner decidiu que o melhor a fazer era engavetar o projeto e garantir que ele nunca seja lançado, nos cinemas, no streaming ou para aluguel em plataformas digitais. A decisão que chocou fãs, analistas e produtores de Hollywood, porém, não parece ser algo isolado. Será que outros títulos da DC podem sofrer o mesmo destino?
De acordo com fontes ouvidas pelos portais Variety e The Hollywood Reporter, os cancelamentos de "Batgirl" e da sequência da animação "Scooby! O Filme" (2020) vêm na esteira das mudanças promovidas pela nova gestão da Warner Bros. Discovery, do CEO David Zaslav, que assumiu o posto integralmente em abril deste ano.
Por isso há, sim, risco para outros projetos. Por ser um filme de pequeno porte com um protagonista e um elenco pouco conhecidos do grande público, "Besouro Azul" pode ser um dos próximos lançamentos em risco. O filme estrelado por Bruna Marquezine e Xolo Maridueña já encerrou as filmagens e está atualmente em fase de pós-produção. Atualmente, no entanto, ele segue nos planos do estúdio.
As mudanças de Zaslav
Desde que assumiu o cargo de CEO, Zaslav tem promovido uma série de mudanças no projeto que havia sido desenhado pela gestão anterior, de Jason Kilar. Se até então a ordem era investir no crescimento da plataforma de streaming HBO Max, com altas apostas em conteúdo original, a proposta agora é ir pelo caminho inverso.
Antes de "Batgirl" ser engavetado, a Warner Bros. Discovery já havia dado indícios dos cortes que estavam a caminho. Em abril, Zaslav afirmou que o objetivo era encontrar US$ 3 bilhões (cerca de R$ 15 bilhões) em contenção de gastos. E essa economia vem de cancelamento de projetos e os eventuais cortes de equipe.
Em julho, o conglomerado anunciou que iria interromper a produção de conteúdo original para a HBO Max nos países nórdicos (Dinamarca, Suécia, Noruega e Finlândia), na Europa Central, Holanda e Turquia. Isso significa que séries já em desenvolvimento seriam canceladas e projetos que estavam em fases iniciais, completamente descartados. E não terminaria por aí.
Cortes de gastos para todos os lados
Os esforços para supostamente cortar gastos agora envolvem também a remoção de títulos já prontos que eram exclusivos da HBO Max. Nas últimas semanas, filmes como "Nossos Sonhos de Marte", "Superinteligência" e o novo "Convenção das Bruxas" estão entre os títulos que foram retirados da plataforma de maneira discreta, sem grandes explicações.
O movimento, aliás, já atingiu o Brasil. Em julho, a coluna de Lucas Pasin, de Splash, procurou a HBO Max para saber por que os programas originais de Angélica ("Jornada Astral"), Sandy ("Sandy + Chef") e Ivete Sangalo ("Onda Boa com Ivete") haviam sido retirados do catálogo:
"Em preparação para a eventual unificação da programação HBO Max e Discovery+ em uma só plataforma, estamos constantemente avaliando nossa oferta para garantir a melhor experiência de entretenimento de qualidade para os nossos consumidores; e parte desse processo inclui a remoção de conteúdos selecionados", alegou a assessoria na ocasião.
E como fica a DC?
Por enquanto, os outros projetos de filmes e séries do universo DC seguem confirmados, e "Besouro Azul" tem lançamento nos cinemas previsto para 2023. O filme dirigido por Angel Manuel Soto acompanha a história de um adolescente mexicano que acaba ganhando poderes depois do encontro com um besouro alienígena. O elenco tem ainda Susan Sarandon e Harvel Guillén ("What We Do In The Shadows").
Além dele, os próximos filmes do universo DC a serem lançados incluem "Adão Negro", "Shazam! Fúria dos Deuses" e "Aquaman e o Reino Perdido". "The Flash", com Ezra Miller, continua no calendário, mas as recentes polêmicas envolvendo o ator transformam seu lançamento em outra incógnita.
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