Bruno Krupp não tem habilitação e não fez prova prática para pilotar moto
O modelo Bruno Krupp, que atropelou e matou um adolescente no último sábado no Rio de Janeiro enquanto pilotava uma moto, não tinha habilitação nem chegou a realizar a prova prática para pilotar o veículo.
O Detran (Departamento Estadual de Trânsito) do Rio de Janeiro informou a Splash que o modelo concluiu apenas a parte teórica do processo para tirar a primeira habilitação.
"Ele ainda terá de cumprir a carga horária exigida de aulas práticas. Somente após a conclusão das aulas práticas, ele poderá realizar o exame de direção, necessário para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH)", declarou o órgão.
Ontem, William Pena, advogado do modelo, disse ao "RJ1" que o Detran já tinha aferido a habilitação de Krupp. "Ele só não tinha pego (sic) a carteira ainda", afirmou Pena.
Prisão
Krupp foi preso ontem em um hospital do Méier, Zona Norte do Rio. No mandado de prisão preventiva, a juíza Maria Izabel Pena Pieranti ressalta que o modelo dirigia uma moto sem placa a 150 km/h numa via cujo limite é 60km/h. Além disso, três dias antes do atropelamento, ele havia sido parado numa blitz com a mesma moto, recusando-se a fazer o teste do bafômetro.
Também no mandado de prisão preventiva, a magistrada destacou que o modelo possui anotações criminais por estelionato e estupro.
Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, o caso foi registrado na 16ª DP como lesão corporal na direção de veículo automotor, mas passou a ser investigado como homicídio culposo após a morte da vítima.
Ontem, a juíza determinou que Krupp seja investigado por homicídio com dolo eventual — quando a pessoa assume o risco de matar —, dizendo que ele "persistiu numa conduta assaz perigosa, cujo resultado era plenamente previsível, em uma via de muito movimento, quando a vítima atravessava na faixa de pedestres, imediatamente abaixo do semáforo".
Bruno Krupp se tornou notícia em dezembro do ano passado, ao assumir o relacionamento com a influenciadora e pré-candidata a deputada federal Sarah Pôncio. O envolvimento, no entanto, durou menos de dois meses.
Natural do Rio, o jovem é modelo fotográfico e faz parte da agência 40 Graus Models. Após o acidente, trancou a conta no Instagram, onde é seguido por cerca de 140 mil pessoas.
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