Pai de Bruno Krupp sobre acidente: 'Ele estima que estivesse a 100 km/h'
O pai do modelo Bruno Krupp disse que o filho estimou estar pilotando a moto a cerca de 100 quilômetros por hora quando atropelou e matou um adolescente de 16 anos. Esta velocidade estaria acima da máxima permitida na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
"Meu filho acredita que dirigia a aproximadamente 100 quilômetros por hora, quando a vítima saiu, atravessou para o meio da rua, fora da faixa de pedestres, e voltou, sendo a batida inevitável", disse o gerente de gases industriais José Darcy Krupp Filho ao O Globo.
"Mas posso garantir que em momento algum ele se furtou a responder pelos seus atos, não fugindo do local nem se esquivando de prestar qualquer tipo de esclarecimento", afirmou, contando que o filho está hospitalizado e com suspeita de fratura em duas vértebras.
"Infelizmente, aconteceu um acidente, uma fatalidade. Nos solidarizamos a dor da família e estamos à inteira disposição para ajudar no que for necessário".
Ao O Globo, José Darcy relatou que o filho havia saído do flat na orla da Barra onde mora para jantar com a namorada. O restaurante fica no mesmo bairro. O gerente de gases industriais nega que o filho tenha ingerido bebida alcoólica.
Também à publicação, o advogado Willian Pena, que representa o modelo, confirmou que ele estava acima da velocidade permitida no momento do acidente, mas disse que a vítima surgiu "subitamente" na via. Ele deverá entrar com um habeas corpus para revogação da prisão preventiva.
"Ele disse que, segundos após dar uma arrancada com a moto, houve o choque. Mas o velocímetro ainda será avaliado pela perícia. Além disso, confirmou ter tirado a Carteira Nacional de Habilitação há cerca de 15 dias e que o veículo estava emplacado até o momento do acidente, quando a placa caiu", afirmou Pena.
A informação foi negada pelo Detran (Departamento Estadual de Trânsito) do Rio de Janeiro, que informou a Splash que o modelo concluiu apenas a parte teórica do processo para tirar a primeira habilitação.
"É importante frisar também que não houve dolo de matar e os eventos anteriores não são antecedentes lógicos do resultado final. Além disso, não há o que se falar em garantia da ordem pública justamente porque, em uma cidade com violência grave, um atropelamento não teria o condão de causar intranquilidade na sociedade", disse Pena.
Prisão
Krupp foi preso ontem em um hospital do Méier, Zona Norte do Rio. No mandado de prisão preventiva, a juíza Maria Izabel Pena Pieranti ressalta que o modelo dirigia uma moto sem placa a 150 km/h numa via cujo limite é 60km/h. Além disso, três dias antes do atropelamento, ele havia sido parado numa blitz com a mesma moto, recusando-se a fazer o teste do bafômetro.
Também no mandado de prisão preventiva, a magistrada destacou que o modelo possui anotações criminais por estelionato e estupro.
Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, o caso foi registrado na 16ª DP como lesão corporal na direção de veículo automotor, mas passou a ser investigado como homicídio culposo após a morte da vítima.
Ontem, a juíza determinou que Krupp seja investigado por homicídio com dolo eventual — quando a pessoa assume o risco de matar —, dizendo que ele "persistiu numa conduta assaz perigosa, cujo resultado era plenamente previsível, em uma via de muito movimento, quando a vítima atravessava na faixa de pedestres, imediatamente abaixo do semáforo".
Bruno Krupp se tornou notícia em dezembro do ano passado, ao assumir o relacionamento com a influenciadora e pré-candidata a deputada federal Sarah Pôncio. O envolvimento, no entanto, durou menos de dois meses.
Natural do Rio, o jovem é modelo fotográfico e faz parte da agência 40 Graus Models. Após o acidente, trancou a conta no Instagram, onde é seguido por cerca de 140 mil pessoas.
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