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Lars von Trier, diretor de 'Anticristo', é diagnosticado com Parkinson

Lars Von Trier em Cannes, no tapete vermelho de "The House That Jack Built", em 2018 - Emma McIntyre/Getty Images
Lars Von Trier em Cannes, no tapete vermelho de "The House That Jack Built", em 2018 Imagem: Emma McIntyre/Getty Images

Colaboração para Splash, em São Paulo

08/08/2022 14h30Atualizada em 08/08/2022 14h50

O cineasta dinamarquês Lars Von Trier, de 66 anos, foi diagnosticado com doença de Parkinson. De acordo com comunicado da produtora Zentropa, fundada pelo diretor em 1992 com o produtor Peter Aalbæk Jensen, von Trier está "de bom humor e seus sintomas estão sendo tratados" enquanto ele conclui a terceira temporada da série "O Reino". As informações são da Variety.

A produtora Zentropa acrescentou que o cineasta participará de alguns eventos para a imprensa após o lançamento da série ainda este ano. "O Reino" foi lançada em 1994 na televisão dinamarquesa e volta às telas em 2022, com o lançamento de sua terceira temporada. A produção tem no elenco atores como Lars Mikkelsen ("House of Cards") e Alexander Skarsgård ("Big Little Lies").

Além da série, Lars von Trier é conhecido por ter dirigido os filmes "Dançando no Escuro" (2000), "Dogville" (2003), "Melancolia" (2011) e os polêmicos "Anticristo" (2009), "Ninfomaníaca" (2014) e "A Casa que Jack Construiu" (2018).

O diretor coleciona controvérsias em sua carreira. Em 2011, foi banido por sete anos do Festival de Cannes por dizer durante uma coletiva de imprensa que "sentia simpatia" pelo ditador nazista Adolf Hitler. Ele também foi acusado de assédio pela cantora Björk, protagonista de "Dançando no Escuro".

"Percebi que é algo universal o fato de que um diretor pode tocar e assediar suas atrizes à vontade e que a instituição do cinema permite isso. Quando resisti às investidas repetidas do diretor, ele ficou irritado e me puniu e criou uma ilusão para a equipe onde eu fui enquadrada como a 'difícil'", disse a artista islandesa em uma publicação nas redes sociais em 2017.

Após a denúncia de Björk, outras nove mulheres relataram ao jornal "Politiken" casos de assédio e abuso dentro dos estúdios Zentropa. Peter Aalbæk Jensen, que está entre os agressores apontados, respondeu à publicação "que não se lembra" das situações relatadas.