Por que o novo filme de Brad Pitt vem dividindo opiniões?
A trama apresenta Brad Pitt na pele do assassino de aluguel Joaninha (Ladybug), um cara que, apesar de ganhar a vida de maneira condenável, é um pouco azarado e quase zen, e sempre tenta concluir seus objetivos da forma mais pacífica possível. Contudo, ao ser recrutado para um novo trabalho, ele percebe que as coisas saíram do controle: a última missão de Joaninha o coloca em rota direta de colisão com adversários letais, vindos de todas as partes do globo.
Há poucos dias, quando a produção passou a ser exibida em sessões dedicadas aos críticos, comentários sobre o longa começaram a aparecer nas redes sociais. No Rotten Tomatoes, plataforma que reúne essas opiniões, o filme acumula 53% de aprovação da crítica, amargando um consenso abaixo do esperado.
Outros espectadores, no entanto, parecem discordar: o Audience Score do site, que compila a aceitação do grande público, marca 78% - um número bem acima do percentual supracitado.
A disparidade, que também é percebida em outros rankings espalhados pela internet, pode ser explicada por algumas das características ousadas que compõem as escolhas do diretor David Leitch.
Ação e comédia chegam a algum lugar?
A primeira dessas escolhas seria a mistura entre gêneros: assim como fez em Deadpool 2 (2018), o cineasta não poupou esforços para que ação e comédia formassem a principal amálgama de sua nova aposta. Porém, o recurso pode ser interpretado de inúmeras formas: para muitos dos críticos, a necessidade de inserir marcas dos gêneros à exaustão fez com que coisas importantes fossem postas de lado, como a própria história em si:
"Sem qualquer desenvolvimento de personagem, é cheio de violência caótica, confusa, quase ininterrupta, e que se torna entediante", resumiu Susan Granger, do SSG Syndicate.
Já Roberto Sadovski, crítico e colunista do UOL, acredita que as escolhas de Leitch, além de coerentes, ajudam na construção do todo:
"Para ele, a ação não é um verniz que substitui narrativa por estilo, e sim a própria ferramenta para contar sua história".
Violência que faz rir é uma escolha arriscada?
Divergências à parte, a intenção do diretor é clara para todos que assistem ao filme: Trem-Bala foi feito, acima de tudo, com o intuito de divertir.
Piadas non-sense, lutas coreografadas e violência gráfica, também presentes no segundo longa do anti-herói Deadpool, são uma fórmula assertiva para entreter boa parte da audiência. E, se você faz parte dessa larga fatia, vai sair da sala de cinema bastante satisfeito - é o que afirma Renuka Vyavahare, do The Times of India:
"Ele se propõe a ser uma comédia criminal absurdamente engraçada e despretensiosa, e faz jus a esse hype".
Porém, como toda tentativa de fazer rir, o tiro pode sair pela culatra. Brian Viner, do Daily Mail UK, definiu o longa como um "thriller de ação e comédia idiota e desagradavelmente violento".
Enfim, uma unanimidade: Brad Pitt e elenco dão show de atuação
Ainda assim, mesmo que o desenvolvimento dos personagens e a comicidade gore divida opiniões, existe pelo menos um denominador comum entre o parecer de público e crítica: o desempenho dos atores.
É inegável que Brad Pitt, aos 58 anos, chama a atenção em tela. Primeiro, pelo fato de estar presente em quase todas as cenas de ação, dispensando o uso de dublês. Além disso, o ator consagrado parece extremamente à vontade no papel, espontâneo e despretensioso. Em suma, a diversão que ele demonstra experienciar é diretamente proporcional a tudo que ele entrega ao espectador.
O restante do elenco também se destaca, de acordo com os especialistas:
"A ação é de primeira classe, e Brad Pitt e Aaron Taylor-Johnson estão se divertindo - mas com todo aquele estilo hiperativo e violência caricatural, você estará pronto para desembarcar em seu destino final", afirma Ben Travis, da Empire.
Aaron interpreta o personagem Tangerina, amigo do também assassino Limão, vivido por Brian Tyree Henry. Para Lauren Bradshaw, do Fangirl Freakout, a química entre a dupla é a grande - e agradável - surpresa da produção:
"Brad Pitt pode ser a 'estrela', mas Aaron Taylor-Johnson e Brian Tyree Henry são as melhores partes do filme", aponta a crítica.
Definitivamente, Trem-Bala é o "ame ou odeie" deste ano. E, para tirar suas próprias conclusões sobre o longa, só indo aos cinemas para conferir!
A produção chegou às telonas na última quinta-feira (4), e segue em cartaz em todo o Brasil - garanta o seu ingresso para o filme por meio do nosso site ou app.
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