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Quadros roubados em golpe milionário já sobreviveram a incêndio no Rio

"Sol Poente" é um dos quadros subtraídos no golpe de R$ 720 milhões e estava no incêndio de 2012 - Reprodução/TV Globo
'Sol Poente' é um dos quadros subtraídos no golpe de R$ 720 milhões e estava no incêndio de 2012 Imagem: Reprodução/TV Globo

De Splash, em São Paulo

10/08/2022 16h42

O acervo de obras de arte de Genevieve Boghici, vítima de um golpe de R$ 720 milhões da própria filha, tem chamado atenção nesta semana — mas esta não é a única vez que a coleção ocupou os noticiários.

Em agosto de 2012, um incêndio no apartamento onde ficavam as obras destruiu grande parte do acervo da família. Algumas das obras que sobreviveram ao fogo estão na lista de itens roubados por Sabine Coll Boghici, que inclui trabalhos de Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti.

Na ocasião, o Corpo de Bombeiros concluiu que o fogo foi causado por um curto-circuito no ar condicionado do imóvel que Genevieve dividia com o marido Jean Boghici, um imigrante romeno que fez fortuna no mercado da arte do Brasil como colecionador e "marchant". Ele faleceu em 2015, aos 87 anos, deixando sua fortuna para as duas herdeiras.

As chamas chegaram a atingir algumas obras do acervo, destruindo clássicos como "Samba", de Di Cavalcanti, e "A Floresta", de Alberto Guignard.

O quadro "Sol Poente", de Tarsila do Amaral, sobreviveu ao incêndio e agora foi roubado no golpe arquitetado pela filha de Genevieve. A obra foi encontrada no estrado de uma cama em uma das casas visitadas pela operação policial de hoje.

Dono de uma galeria de arte que leva seu nome, em Ipanema, também na zona sul do Rio, Jean Boghici contribuiu para a formação do acervo de vários outros colecionadores.