Casas de porão no estilo de 'Parasita' serão extintas na Coreia
O filme sul-coreano "Parasita", que fez história ao se tornar o primeiro filme de língua não-inglesa a vencer o Oscar de Melhor Filme, tem parte de sua narrativa ambientada em um estilo de moradia conhecido como casas de porão, residências subterrâneas e semi-subterrâneas, geralmente ocupadas por famílias mais pobres.
Esse tipo de moradia, de acordo com o governo do país, agora deve deixar de existir.
Segundo a CNN Internacional, a decisão foi tomada em Seul, capital da Coreia, depois que 13 pessoas — que moravam em localidades assim — morreram em inundações causadas pelas fortes chuvas da última semana.
Segundo a emissora, uma família chegou a se afogar após ficar presa no subsolo depois das chuvas torrenciais.
A pressão feita pela água impediu que as três pessoas conseguissem abrir a porta da casa inundada em um distrito de Seul.
A CNN informou que, em pronunciamento na última quarta-feira (10), o governo oficializou a decisão.
"No futuro, em Seul, porões e semiporões não poderão ser usados para fins residenciais", declarou.
A eliminação desse tipo de residência, segundo o governo, acontecerá gradualmente, em um período de 10 a 20 anos, com os moradores recebendo ajuda do governo para a mudança. A ideia é que essas famílias passem a ocupar casas de aluguel público e recebam um vale moradia.
Retrato da desigualdade
Com uma ambientação pequena, má ventilação, falta de drenagem, vazamento de água, sem muita luz e abaixo da rua, essas moradias mais baratas se tornaram um dos símbolos da desigualdade no país - como retratado no filme vencedor do Oscar.
Chamadas de "banjihas", foram construídas como abrigos devido ao clima bélico do país, mas aos poucos se tornaram uma opção de fácil acesso para classes mais pobres.
Na história do filme vencedor do Oscar, a família protagonista mora em uma casa assim e, assim como aconteceu na última semana, acaba perdendo tudo depois de uma chuva torrencial, que arrasta todos os móveis de sua casa e a destrói completamente, sem que eles possam fazer nada além de fugir para ficarem vivos.
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