Dan Stulbach brinca com reação do público: 'Suco veio mais amargo'

Dan Stulbach, de 52 anos, que interpreta o político Ibraim em "Pantanal" (TV Globo), afirmou já sentir o sucesso do seu personagem da novela das 21h nas ruas. O ator brincou que, ao comprar um suco na padaria, a bebida veio mais amarga.

"No meu primeiro dia de novela, fiz uma cena no barco chegando, joguei meu espetinho de frango na água... No dia seguinte, fui andar na rua e já mudou tudo com a galera. Vou na mesma padaria quase todo dia, mas, depois que estreei com Ibraim, tudo mudou. Menos café, o suco mais amargo (risos)...", disse ele, em entrevista ao jornal Extra.

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O ator parece estar acostumado com a reação do público quanto aos seus trabalhos. Ele já deu vida a personagens emblemáticos que causaram uma comoção, como o Marcos, que batia na mulher, em "Mulheres apaixonadas" (2003). Mas, desta vez, Dan tem os filhos Anitta, 11, e Davi, 9 como telespectadores, que se mostraram até preocupados.

"Eles estão vendo 'Pantanal' e estão surpresos porque nunca me viram tão sério, tão mau (risos). Minha filha perguntou: 'Pai, as pessoas sabem que você não é assim?'. Ela ficou preocupada!", destacou ele, que emendeu. "O público mistura a imagem do personagem com a do ator, pensando que eu posso ser assim. Mas já fiz tantos papéis... Isso faz parte do meu trabalho, não tenho medo, não", afirmou.

Ele lembrou que tem interpretado uma sequência de personagens "pilantras", como Kléber da série "Filhas de Eva", que está no ar na TV Globo, e, antes disso, seu último papel foi em "O Sétimo Guardião", que deu vida ao prefeito Eurico, um político corrupto.

"São pilantras por coincidência! Tô totalmente mau na TV brasileira hoje em dia (risos)!", disse o ator, que comparou Ibraim ao último político que interpretou. "Esse é mais atual. Se você pegar um voo e for para Brasília, não vai nem sair do aeroporto e já vai encontrar vários como ele", avaliou.

O ator contou que, nas ruas, vê as atitudes do político pilantra chocarem o público, mas faz um questionamento.

"Acho que os telespectadores se incomodam mais com a ficção do que com a vida real. Elas ficam mais bravas com o Tenório (Murilo Benício) do que com algum Tenório que elas conheçam por aí, com Ibraim do que com um político que elas até pensam em votar de novo", argumentou.

Ele acrescentou que já nota torcida para o político passar por situações complicadas na trama. "A cobrança está grande. Esse é um lugar que a ficção ocupa bem. A gente quer que a vida seja mais justa na novela e que, pelo menos lá, as pessoas sejam punidas", finalizou.