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Tchutchuca? De onde vem termo usado por youtuber para ofender Bolsonaro

 Bolsonaro é xingado por youtuber de "tchutchuca do centrão" e reage após provocação      -
Bolsonaro é xingado por youtuber de 'tchutchuca do centrão' e reage após provocação

Hygino Vasconcellos

Colaboração para Splash

18/08/2022 17h06

O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi chamado hoje de "tchutchuca do centrão" pelo youtuber e influencer Wilker Leão em uma confusão no "cercadinho" do Palácio do Planalto, em Brasília. O político também foi xingado de "safado", "covarde" e "vagabundo".

Mas o que significa "tchutchuca"? A palavra não está devidamente registrada nos dicionários, como Aurélio e Michaelis. Porém, a expressão surgiu no funk. Segundo o site Significados.com, tchutchuca é um "adjetivo dado a uma menina para chamá-la de 'bonita' ou 'gata', uma forma de dizer que ela é atraente".

No funk, a palavra passou a ser usada no começo dos anos 2000, quando o grupo Bonde do Tigrão lançou a música "Tchutchuca", considerada um dos seus sucessos. Nela, a expressão é repetida nove vezes. Em 2001, a funkeira Tati Quebra Barraco lançou a variação masculina da canção: "Tchutchuco".

Mas não é a primeira vez que se a expressão é usada contra um político.

Em 2019, o deputado Zeca Dirceu (PT-PR) afirmou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, é "tigrão" com os aposentados, agricultores e professores, e "tchutchuca" com "a turma mais privilegiada do país" e os "amigos banqueiros", durante a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara que discutia a reforma da Previdência.

Ministro da economia Paulo Guedes bateu boca com deputado após ser chamado de "tchutchuca" - Reprodução - Reprodução
Ministro da economia Paulo Guedes bateu boca com deputado após ser chamado de "tchutchuca"
Imagem: Reprodução

Visivelmente irritado, Guedes revidou e gritou para o parlamentar que "tchutchuca é a sua mãe e a sua avó" — xingamento que pode ser ouvido na transmissão ao vivo mesmo com microfone do ministro desligado.

A confusão fez o presidente da CCJ, deputado Felipe Francischini (PSL-PR), encerrar a sessão.

Logo após, foi chamada a segurança da Câmara para conter os deputados e conduzir o ministro para fora da sala. Dirceu e Guedes continuaram discutindo e alguns deputados chamaram Dirceu de "moleque".

Na ocasião, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) afirmou ter sido agredida pela assessora especial do Ministério da Economia, Daniella Marques.

A parlamentar exigiu que ela fosse levada para a delegacia da Polícia Legislativa na Câmara. Daniella foi levada pelos policiais até o local, acompanhada do procurador-geral da Fazenda Nacional, José Levi Mello. Ao sair do local, Mello afirmou à imprensa que não houve registro de ocorrência e que está "numa atmosfera absolutamente serena".