Clara Aguilar faz revelações picantes, pedidos inusitados e abuso no pornô
A ex-BBB Clara Aguilar, de 34 anos, concedeu uma entrevista bastante explícita em que falou sobre seu trabalho com conteúdo erótico na internet, alguns pedidos inusitados que recebe dos fãs, além de relatar o abuso sofrido pelas mulheres na indústria pornô.
Durante participação no podcast "Mais que 8 minutos", comandado pelo apresentador Rafinha Bastos, Aguilar, que ainda trabalha como cam girl, mas também é empresária, modelo e vende conteúdo adulto em plataformas como o OnlyFans, explicou por que resolveu aderir a esse mercado, com que idade começou, seu gosto por se exibir, além do retorno do público, sobretudo das mulheres.
Início como cam girl. No bate-papo, Clara Aguilar explicou que sempre foi uma pessoa que gostava de se exibir e conhecia algumas pessoas que já trabalhavam se exibindo on-line para homens em sites adultos. Então, quando completou a maior idade, tinha finalizado os estudos, e resolveu aderir a esse mercado.
"Comecei com 18 anos. Não fazia nada, tinha terminado a escola, e não via a hora de começar a trabalhar com isso. Sempre fui uma adolescente que gostava de se exibir. [Pensei]: 'se já faço isso de graça, vou tirar de letra pagando'. Quando fiz 18 uma amiga me ajudou e eu comecei", contou.
"Eu sempre gostei de tirar uma foto legal e ter um monte de comentário, gente falando que estou gostosa, bonita, acho que todo mundo gosta disso", acrescentou.
Porém, Aguilar ponderou que parte dessa necessidade de receber comentários elogiosos era resquício de sua insegurança à época.
"Quando era mais nova tinha autoestima mais baixa, insegura, e você quer chamar a atenção para se sentir melhor. Com 17 anos me vestia igual uma mulher de 30. Hoje em dia posto qualquer coisa, quem gostou, gostou, quem não gostou, foda-**", afirmou.
"Trabalho com putaria". No entanto, foi apenas quando entrou para o "BBB 14" (TV Globo), que toda sua família ficou sabendo qual era seu trabalho. Segundo a famosa, a ida para o reality foi um "chute na porta" para assumir de vez sua profissão com a "putaria".
"Em 2014 foi quando eu assumi esse trabalho porque entrei no 'BBB'. Quase ninguém da minha família sabia. Então, foi quando dei um chute na porta, saí do armário e falei: 'trabalho com putaria mesmo'", relatou, ressaltando que, após o reality, deu uma pausa na profissão, para depois retornar.
A ex-BBB explicou que quando começou a trabalhar como cam girl era para um site hospedado fora do Brasil, portanto, se exibia para estrangeiros. Por não falar inglês, recorria ao auxílio de uma amiga que digitava para ela sem que os pagantes soubessem. Porém, com o tempo ela passou a pedir ajuda dos homens, até que aprendeu a falar inglês.
Perfil do público. No "Mais que 8 minutos", Clara Aguilar contou que, embora boa parte de seu público seja composto por homens que acessam o ambiente virtual para se masturbar, tem também muitas mulheres que compram seus conteúdos.
Segundo contou, muitas dessas mulheres têm curiosidade de saber como fazer para alcançar o prazer, se masturbar. A famosa detalhou que recebe o feed back de algumas agradecendo por conseguir encontrar maior liberdade, não apenas no sexo, mas na vida, ao se livrar de preconceitos referentes à sexualidade.
"Tenho muitas mulheres que me acompanham, tanto que no final de 2020 comecei a vender conteúdo, que não é ficar ao vivo, mas vídeos e fotos, por exemplo. Bombou muito e era muita mulher que entrava, curiosa para saber o que eu fazia porque ela não sabia [como fazer], aí queria copiar para ver se conseguia, mulher que queria fazer junto com o namorado, para dar uma apimentada", declarou, salientando que fornece "uma putaria com informação, diferenciada".
"Recebo umas mensagens do tipo: 'tinha cabeça super fechada, era preconceituosa, achava que não podia bater siririca porque menina direita não faz isso, isso é coisa de vagabunda, com você me libertei, agora sou muito feliz, não só sexualmente, mudou bastante'".
Pedidos e clientes fixos. Desde 2015, Clara Aguilar mantém um perfil ativo como cam girl em um site brasileiro, e garantiu que tem uma clientela fixa, que assinam todas as plataformas que ela adere.
Questionada sobre pedidos e desejos dos fãs, Aguilar citou como exemplo os homens que pedem para vê-la dormir e outros que querem apenas pagar para que ela os veja dormir.
"Tem uns caras que entram e eles querem que assistam eles dormindo", contou, ressaltando que deixa a tela ligada, mas vai fazer outras coisas.
Já o contrário, quando pagam para ela dormir, a famosa contou que isso era permitido no site gringo, o brasileiro não permite: "O cara falava: 'vou ficar aqui a noite toda, pode dormir'. Quando acordava está lá, mó grana".
OnlyFans e indústria pornô. Adepta do OnlyFans, Clara Aguilar disse que a plataforma, que tem feito bastante sucesso e enchido os cofres de muita gente, veio para "revolucionar muita coisa", sobretudo em relação à indústria pornográfica, porque dá maior autonomia às mulheres que podem gravar de suas casas, sem necessitar de uma produtora.
De acordo com a ex-BBB, "existe muito abuso" contra as mulheres na indústria do entretenimento adulto. Já para os homens é bem mais fácil, assegurou.
"O OnlyFans veio para revolucionar muita coisa, porque hoje em dia a menina não depende mais da produtora pornô, porque, assim, existe muito abuso nesse meio, muita coisa horrível", relatou.
Aguilar disse que já foi criticada por ser feminista e ser a favor da pornografia, mas ponderou que, na realidade, ela defende que a mulher tenha o "controle sobre o que ela esta fazendo".
"Homens não passam por isso, para homem é muito mais fácil. Para a mulher tem que ir lá na produtora, sofre abuso, tem que estar em um meio cheio de homem... Agora [ela] faz da casa dela, vende pelo preço que ela quer, faz muito mais dinheiro", completou.
Por fim, a modelo confessou que já recebeu propostas para estrelar filmes do gênero, mas recusou todas.
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