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Rita Cadillac no OnlyFans: 'Maioria dos meus assinantes é mais novo'

Colaboração para Splash, do Rio

25/08/2022 14h00

No "De Lado com Fefito" desta semana, Rita Cadillac fez as contas e constatou que pertence ao imaginário dos brasileiros há quase cinco décadas. E ainda bem, porque foi graças a essa memória mais do que afetiva que ela se tornou uma estrela no OnlyFans, o serviço de conteúdo por assinatura que a tirou do vermelho nos últimos anos.

"Eu agradeço todos os dias porque estou ganhando dinheiro, guardando um pouquinho, com as contas em dia. Não devo nada a ninguém", comemorou Rita, que conta com uma equipe completa para criar as fotos e vídeos que ela compartilha no OnlyFans e também no Privacy. "Eu penso o conceito do ensaio, a locação e levo a equipe: fotógrafo, maquiadora, cabeleireiro, produtora, todo mundo ganha o seu", contou, orgulhosa.

Neste novo campo, o que mais surpreende Rita, aos 68 anos, é a faixa etária dos seus seguidores:

Você sabe que a maioria dos meus assinantes é mais novo? Ainda estou no imaginário masculino, graças a Deus.

Sensual: 'É com essa Rita que ganho dinheiro'

Rita Cadillac agradece a preferência, claro. Fefito lembrou que ela tentou, em determinados momentos de sua carreira - que começou nos anos 1970, como uma das mais famosas chacretes dos programas de auditório do apresentador Chacrinha - soar "mais séria". Mas sua persona "Rainha do Bumbum" sempre prevaleceu:

Eu pintei, fiz teatro, mas não posso negar: é com essa Rita que eu ganho dinheiro. Não adianta eu vir de freira. Tenho que assumir o corpo, o bumbum que o latino-americano adora.

Ganha dinheiro, mas está longe de ter ficado rica. Ao contrário: na pandemia ela se viu sem trabalho. "Foram dois anos e pouco sem fazer shows. Estou voltando só agora", contou.

Mesmo com todo o sucesso que os vídeos e fotos no OnlyFans e no Privacy têm feito, Rita ainda fica tensa antes dos ensaios:

Ainda bate a insegurança. Em todo trabalho eu quero ser muito profissional, quero algo muito bonito.

'Não guardo mágoa, não vou criar mais uma ruga'

Ao recordar a longa carreira de Rita, Fefito lembrou sua passagem pela indústria pornográfica. Mais especificamente, de um incidente com o ator e hoje deputado federal Alexandre Frota, que, depois contracenar com ela num filme em 2008, disse que foi como "transar com a avó".

"Vamos supor que você está na rua e cruza com o Alexandre Frota. Você para e cumprimenta ou passa reto?", provocou o jornalista.

"Paro e cumprimento por educação. E também o encontrei no carnaval, ele foi muito educado, muito simpático", disse. E aproveitou para dar um dica de beleza:

Frota foi muito descortês comigo na época. Queria matar, enforcar, tudo. Mas eu não guardo mágoas, rancores. Posso ficar na neura na hora, mas amanhã já não vou esquentar. Não vou criar mais uma ruga.

Na entrevista, Rita Cadillac se mostrou uma pessoa totalmente de bem consigo mesma.

Eu não tenho inimizade com ninguém, na real. Agora, se você tem comigo, problema seu.

'Ainda não peguei um preso, mas não estou morta'

A carreira de Rita pode ser medida também pelas alcunhas que recebe. Além de "Rainha do Bumbum" e "Lady do Povo", ela também se tornou conhecida como "Madrinha dos Detentos", graças aos shows que fazia em presídios.

Em ambientes tão duros, a presença de Rita sempre foi um alento - e o respeito com que sempre foi tratada é a prova disso.

Sempre me trataram com muito carinho. Se alguém me para na rua é para dizer 'Oi, Madrinha!', e sempre com respeito.

Rita voltaria a se apresentar em presídios, se pudesse. "Se deixarem, eu faço. A Secretaria de Segurança é que tem medo de não conseguir garantir minha integridade física lá dentro. Mas eu sei que não teria nada", disse.

"Você já pegou algum preso?", quis saber Fefito. Rita, com a experiência de uma vida inteira, respondeu:

Ainda não peguei! E sempre falo 'ainda' porque não morri, né?

O De Lado com Fefito vai ao ar toda quinta-feira, às 14h, na home UOL e no canal de Splash no YouTube. Artistas e personalidades da mídia batem um papo com o colunista de Splash que vai de vida e carreira aos momentos de vergonha alheia que todo mundo passa de vez em quando.