Somadas, dívidas de Belo ao longo dos anos ultrapassam os R$ 7 milhões
Nas últimas semanas, Belo teve derrotas na Justiça em dois processos diferentes: uma juíza decidiu que ele tem 15 dias para pagar uma dívida de aluguel, e outra negou o pedido do cantor para suspender a decisão que o obriga a pagar pelo menos R$ 4,9 milhões ao ex-jogador Denilson.
Mas essas não são as únicas dívidas de Belo. Ao longo dos anos, ele também se endividou com proprietários de imóveis, com um policial militar de quem pegou dinheiro emprestado, com a receita federal e até com os advogados que o representaram quando foi processado por outras dívidas.
Somadas e corrigidas pela inflação, as dívidas que Belo adquiriu desde o ano 2000 — e que se tornaram públicas através de batalhas judiciais — somam R$ 7 milhões. Relembre algumas delas:
Dívida de R$ 388 mil com Denilson já virou R$ 5,5 milhões
A maior parte corresponde à dívida dele com Denilson. Ele tenta contestar o valor na Justiça, mas na decisão desta semana a juíza Silvia Rocha afirmou que "o valor incontroverso do débito é de R$ 4.900.929,71, para junho de 2021" — hoje, esse valor já corresponde a cerca de R$ 5,5 milhões.
A briga entre os dois começou em 2000, quando Belo deixou o grupo Soweto para seguir carreira solo. Denilson, que em 1999 havia comprado os direitos comerciais do grupo de pagode, o processou por quebra de contrato, e em 2004 Belo foi condenado a pagar R$ 388 mil ao ex-jogador. O valor não foi quitado até hoje, e foi crescendo com a inflação.
Apesar de o processo não ter sido suspenso como pediu a defesa de Belo, ele ainda pode contestar o valor devido. Foi o que o advogado do cantor disse quando procurado por Splash: "O tribunal já disse que há a possibilidade de o Belo rever o valor que o Denilson está impondo a ele no processo. Eu havia pedido a paralisação do processo em decorrência da divergência de valores. A relatora disse que não há risco para o Belo para parar o processo, mas ela entende que há a possibilidade de ele rever o valor".
Belo tem duas dívidas de aluguel diferentes em São Paulo
A Justiça de São Paulo estabeleceu um prazo para que Belo e Gracyanne Barbosa paguem R$ 483 mil referentes ao atraso no aluguel de uma casa no Planalto Paulista, na cidade de São Paulo. Segundo o proprietário, o contrato foi assinado em setembro de 2017, mas os pagamentos foram interrompidos no ano seguinte.
Procurada por Splash, a assessoria de Belo afirma que o contrato não foi assinado por ele, e sim por seu ex-empresário que também é um dos réus do processo. O imóvel teria sido cedido ao cantor "como uma contrapartida da relação de agenciamento dos dois. Mas cabia ao titular do contrato se responsabilizar pelas despesas, não a Belo. Essa divisão de responsabilidades era, inclusive, parte do acordo profissional existente entre os dois", diz a nota.
Eles saíram da mansão em 2019 após receberem uma ordem de despejo — mas essa não foi a primeira vez em que eles se mudaram no meio de um processo por aluguéis atrasados.
Em 2017, Belo e Gracyanne saíram de madrugada da casa onde moravam no Jardim Paulista, também em São Paulo. Eles estavam sendo processados por uma dívida de aluguel de R$ 500 mil, que hoje correspondem a R$ 915 mil.
Dívida com advogados que o defenderam de outras dívidas
Em 2017, Belo foi processado pelos advogados que o defenderam em processos referentes a dívidas por oito anos. O motivo: ele também lhes devia dinheiro.
O cantor foi condenado em 2019 a quitar a dívida de cerca de R$ 40 mil. Hoje, o valor corresponde a cerca de R$ 66 mil. Em entrevista ao UOL na época, o advogado Ivo Peralta afirmou:
"É notória a fama dele de mau pagador, mas é uma pessoa muito bacana. Eu o conheço pessoalmente e sempre foi muito envolvente. Ele disse, 'pode ficar tranquilo que vamos pagar'. O tempo foi passando e infelizmente ele não honrou com o compromisso assumido. Entramos na Justiça para fazer valer nosso direito porque palavras, infelizmente, o vento leva."
Foi esse escritório que o representou em 2006, quando uma empresa de Belo foi processada pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional por uma dívida de R$ 13 mil relacionada ao Imposto de Renda. Hoje, esse valor corresponderia a mais de R$ 44 mil. A empresa não existe mais e o processo foi suspenso em 2018.
Outro caso em que Belo foi representado pelos advogados aconteceu em 2015, quando Gracyanne Barbosa e Belo tiveram bens penhorados por uma dívida de R$ 18 mil com uma loja de decoração. Esse valor hoje corresponderia a quase R$ 37 mil.
Belo foi acusado de estelionato no Rio e faltou ao depoimento
Em 2019, um policial militar do Rio de Janeiro abriu um boletim de ocorrência de estelionato contra Belo dizendo que ele nunca pagou um empréstimo de R$ 50 mil feito em 2013.
"No ano de 2013 efetuou um empréstimo ao Sr. Marcelo Pires Vieira [nome de batismo do cantor Belo] com o compromisso de ser ressarcido em dois meses, que até a data de hoje Marcelo Pires Vieira não pagou o referido empréstimo, mesmo com incansáveis tentativas de contato por parte do comunicante", diz um trecho do boletim.
Na época, a Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou ao UOL que Belo não compareceu à 42ª Delegacia de Polícia no Recreio dos Bandeirantes para prestar depoimento na data marcada.
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