Topo

Atriz diz que virou primeira suspeita da polícia com a morte da mãe

Ashley Judd em cena de "Big Stone Gap" (2014) - Divulgação
Ashley Judd em cena de "Big Stone Gap" (2014) Imagem: Divulgação

Colaboração para Splash, em São Paulo

01/09/2022 14h56Atualizada em 01/09/2022 16h07

A atriz Ashley Judd desabafou num artigo que escreveu para o New York Times sobre a morte de sua mãe, a cantora country Naomi Judd, que aconteceu no fim de abril deste ano.

Ashley contou que encontrou sua mãe ainda com vida, e a abraçou antes da cantora morrer. "Foi o dia mais destruidor da minha vida", disse a atriz. "O trauma de ter encontrado e, então, segurado seu corpo que ainda tremia, assombra minhas noites", continuou Ashley.

Naomi cometeu suicídio após muitos anos travando uma batalha com sua saúde mental. Ashley, no entanto, teve medo de ser considerada culpada pela morte de sua mãe, pois policiais chegaram e começaram a interrogá-la. Segundo a atriz, ela se sentiu "encurralada e impotente" com as perguntas dos policiais. "Eu queria estar confortando-a, falando que ela já iria ver meu pai e seu irmão mais novo enquanto ela 'voltava para casa', como dizemos em Appalachia", disse Ashley no artigo. Ela continuou: "No entanto, sem ter indicação alguma de ter escolha sobre quando, onde e como participar, comecei uma série de entrevistas que pareciam obrigatórias e impostas a mim, que me afastaram do momento precioso do fim da vida da minha mãe".

Segundo Ashley, os representantes da polícia a colocaram como uma possível suspeita da morte de sua mãe. "Os homens que estavam lá presentes nos fizeram sentir que não havia nenhum limite de sensibilidade, interrogadas e, no meu caso, colocada como uma possível suspeita no suicídio de minha mãe", continuou ela no artigo para o New York Times.

No mesmo artigo, Ashley pede privacidade. "Não sei se conseguiremos ter a privacidade que merecemos... Mas sei que não estamos sozinhos", disse ela, continuando: "Quando nos damos tempo para processar traumas e curas e nos abrirmos sobre as causas disso em nossos critérios, nós podemos nos tornar efetivos defensores públicos. Mas as pessoas não deveriam ter que compartilhar suas feridas com o público antes de se sentirem prontas - se isso realmente acontecer", disse Ashley.