Queen não foi o mais caro: quais os maiores cachês já pagos no Rock in Rio?

O Rock in Rio retoma hoje ao seu lugar de destaque entre os principais festivais de música do mundo, depois de um hiato de três anos provocado pela pandemia de covid-19, com recorde de atrações e um público estimado de 700 mil pessoas.

Para garantir a festa e a presença dos maiores nomes da música, a organização do evento costuma desembolsar cifras milionárias. Só para um show, do cantor Drake, em 2019, a produção do festival gastou US$ 4 milhões.

Embora não divulgue valores de contratos com os artistas que se apresentam no line-up do festival, alguns cachês se tornaram conhecidos ao longo da história de 37 anos do Rock in Rio. Com tantas estrelas nacionais e internacionais que já passaram pelos palcos do evento, fica até difícil imaginar quem teve, até hoje, o cachê mais alto para um show.

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Na primeira edição, em 1985, os valores dos acordos — à época — já eram impressionantes. Dos 16 artistas internacionais confirmados na estreia do Rock in Rio, Queen se consolidou como a principal atração daquele ano, desembolsando US$ 1,2 milhão. Os músicos fizeram valer o cachê e até hoje consideram a apresentação uma das mais emocionantes da carreira da banda. Naquele ano, Ozzy Osbourne, Iron Maiden e AC/DC também se apresentaram no palco principal.

Em 1991, o Rio de Janeiro recebeu no Estádio do Maracanã a segunda edição do festival com cachês ainda maiores. George Michael e Prince, por exemplo, faturaram US$ 1,5 milhão por dois shows. Já a banda mais aguardada no festival daquele ano, o Guns N'Roses, recebeu R$ 1 milhão por duas apresentações.

Dez anos depois, em uma das edições mais lembradas até o momento, o tratamento diferente dispensado entre artistas nacionais e internacionais e a diferença entre os valores destinados a eles foram os motivos para que seis bandas brasileiras desistissem de tocar no festival de 2001. Em comunicado citando uma "má condução das negociações" por parte da organização do festival, deixaram de se apresentar: O Rappa, Skank, Raimundos, Jota Quest, Cidade Negra e Charlie Brown Jr.

O cachê padrão para os artistas brasileiros seria em torno de R$ 20 mil, enquanto outras atrações chegaram a receber R$ 150 mil por show. No mesmo ano, subiram ao palco do Rock in Rio atrações como Iron Maiden, Guns, Oasis, Foo Fighters, Britney Spears, N'Sync e Red Hot Chili Peppers.

Para trazer Beyoncé, principal nome do Rock in Rio 2013, não foi simples. Na época, a organizadora do festival, Roberta Medina, reconheceu que as negociações levaram meses para serem concluídas devido ao cachê e à agenda da estrela pop.

Olhando o histórico de Beyoncé, a apresentação pode ter custado milhares de dólares. Em 2010, quando a diva trouxe sua turnê "I Am? Tour" para o Brasil, o cachê da americana era na faixa de US$ 1,5 milhão. Já em 2019, produtores do Lollapalooza Brasil tentaram contratar o casal Beyoncé e Jay-Z por US$ 4 milhões, mas ambos recusaram o convite, indicando que as cifras atualmente são ainda maiores para convencê-los a participar de um festival de música.

A maior negociação conhecida até hoje para o Rock in Rio segue sendo do rapper Drake, que abriu o festival na edição de 2019 e só assinou o contrato quando o valor subiu para US$ 4 milhões (quase R$ 15 milhões).

Neste ano, os destaques internacionais do Palco Mundo são Iron Maiden, Post Malone, Justin Bieber, Demi Lovato, Guns N'Roses, Coldplay, Camila Cabello e Dua Lipa. Entre artistas nacionais, se apresentam nomes como Ivete Sangalo, Alok, Djavan, Iza e Jota Quest.