O show dos Racionais no Rock in Rio 2022 foi digno de placa. Mas, infelizmente, o festival não viu o potencial do grupo. Com tudo para tocar no Palco Mundo, o principal do evento, tocou no Sunset, o segundo na linha de tamanho e relevância.
Foi uma oportunidade perdida para o festival, pois Racionais apresentou-se como um espetáculo. Desde o momento da entrada, mostraram como o público poderia esperar uma apresentação criativa e diferente: passando a imagem de um metrô no telão, os integrantes do grupo fizeram uma montagem para parecer que chegaram no trem, causando um efeito visual bem curioso.
Durante o show, o grupo seguiu com um espetáculo em 360 graus: além das músicas, os telões, objetos e pessoas conversavam entre si para entregar uma apresentação completa em sentido e oportunidades.
Público animado
Uma prova que os Racionais poderiam ter se apresentado no Palco Mundo foi a resposta do público. A área do Sunset é relativamente menor que a destinada ao palco mundo, e ficou bastante cheia - visualmente, o maior público do dia para o palco. Junte isso ao público que se recusa a sair do Mundo para assistir o headline, e temos uma multidão considerável.
Além disso, a música do Racionais estava mais alta que as anteriores, animando bastante o público - que não saiu de lá nem com a chuva fina que caia constantemente.
Mensagens e protestos importantes
Não é novidade que as músicas do Racionais sejam cheia de significados e falem constantemente de problemas sociais. Porém, em um festival marcado de protestos políticos, as mensagens ficam maiores e com mais nuances.
O grupo trouxe mensagens importantes para a noite do Rock in Rio. Na performance de "Negro Drama", chamou atenção para diversos brasileiros negros assassinados, inclusive Marielle e as crianças Agatha e João Pedro, casos que chocaram o Brasil recentemente.
Além disso, eles também tocaram a icônica "Mil Faces de um Homem Leal (Marighella)", faixa ganhadora de diversos prêmios no ano de lançamento, 2012. O grupo a escreveu para um documentário sobre Marighella, um guerrilheiro urbano que lutou contra a Ditadura Militar no Brasil, e foi assassinado pela Polícia Militar.
Essa faixa - e a história de Marighella - ganharam novo fôlego no último ano, após a estreia do filme estrelado por Seu Jorge e dirigido por Wagner Moura. A faixa do Racionais serviu de música para os créditos.
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