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Governador de SP decreta luto de 3 dias por morte do artista Emanoel Araújo

Emanoel Araujo, artista plástico baiano, diretor do Museu Afro Brasil. - Lucas Lima/UOL
Emanoel Araujo, artista plástico baiano, diretor do Museu Afro Brasil. Imagem: Lucas Lima/UOL

De Splash, em São Paulo

07/09/2022 13h29Atualizada em 07/09/2022 13h34

O governador Rodrigo Garcia, decretou luto oficial de três dias no Estado de São Paulo, pelo falecimento do Diretor Curador e Executivo do Museu Afro Brasil, Emanoel Alves de Araújo, na manhã desta quarta-feira, aos 81 anos. O decreto será publicado ainda hoje, em edição extra do Diário Oficial do Estado.

"Emanoel Araújo foi um ícone da cultura negra no Brasil. Artista, professor, pesquisador e gestor público de múltiplos talentos, Emanoel deu uma nova dinâmica à Pinacoteca de São Paulo, fundou o Museu Afro Brasil e trabalhou durante toda sua vida pela valorização da história da arte afrodescendente brasileira e da arte africana. São Paulo seguirá com seus ensinamentos", destaca Garcia.

Araújo era escultor, desenhista, ilustrador, figurinista, gravurista, cenógrafo, pintor, curador e museólogo. Nascido na Bahia em 1940, numa tradicional família de ourives, aprendeu marcenaria, linotipia, estudou composição gráfica. Desde 2004 estava à frente do Museu Afro Brasil, instituição do Governo do Estado de São Paulo, como diretor curador e executivo.

O artista recebeu inúmeros prêmios e condecorações, como a medalha de ouro na 3ª Bienal Gráfica de Florença, na Itália, em 1972, o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), Prêmio Clarival do Prado Valladares. Araújo também foi medalhista pela Zumbi dos Palmares pela Câmara Municipal de Salvador. Em 2021, recebeu a Medalha Tarsila do Amaral pelo Governo do Estado de São Paulo.

Teve destaque também à frente da Pinacoteca do Estado de São Paulo, foi membro convidado da Comissão dos Museus e do Conselho Federal de Política Cultural, instituídos pelo Ministério da Cultura, e expôs em várias galerias e mostras nacionais e internacionais, somando cerca de 50 exposições individuais e mais de 150 coletivas.

O velório acontece durante o dia no pavilhão do Museu Afro Brasil, que receberá o nome do artista.