Depois de um final de semana repleto de shows, o Rock in Rio retorna com sua segunda etapa hoje e tem a missão de corrigir algumas falhas, como evitar o trânsito que se forma na região da Cidade do Rock e as longas filas para sair do festival após o show principal.
O Rock in Rio afirma ter recebido avaliação positiva por parte dos frequentadores dos três primeiros dias do evento. Segundo a organização, o público conferiu uma nota de 9,4, em uma escala de 0 a 10, na pesquisa realizada pelo próprio festival.
Splash foi aos três primeiros dias do Rock in Rio, que reuniram cerca de 300 mil pessoas ao todo, e identificou pontos que explicam a nota alta. Além de entregar o principal, um festival com muita música e bons shows, a Cidade do Rock ia além e reuniu atrações de todos os tipos e muitas opções de comida e bebidas — estas não eram baratas, é verdade, mas existiam, em grande quantidade.
No entanto, os gargalos do festival parecem superiores aos 0,6 que faltam para a nota 10. Além das filas e do trânsito, os problemas na segurança e as falhas na qualidade do som são gargalos grandes que espera-se ver resolvidos no segundo final de semana.
Confira os acertos que devem ser mantidos e erros do primeiro final de semana do Rock in Rio:
O que deu certo
Shows pontuais: as apresentações do Palco Mundo e demais palcos começaram no horário marcado. Até mesmo Justin Bieber, que pediu para tocar mais cedo e mudou a grade de horários do domingo, começou a tocar pontualmente às 23h.
Diversidade musical: o Rock in Rio tem se consolidado como um festival da diversidade, trazendo diferentes ritmos aos palcos. Neste ano, o line-up do Sunset e do Supernova apresentam nomes do rap, trap, funk, MPB e pop. O resultado do primeiro final de semana foi lotação na frente desses espaços.
Muitos lugares para comer e beber: apesar dos preços salgados em algumas opções, o Rock in Rio tem muitos espaços para comer, seja na Gourmet Square, na Rock Street Mediterrâneo ou em outros espaços distribuídos pela Cidade do Rock.
Bebedouros: Vale ressaltar ainda que bebedouros foram instalados próximos aos banheiros, garantindo água gratuita. Basta o frequentador levar uma garrafa plástica sem tampa.
Organização nos banheiros: Splash conversou com diversos frequentadores ao longo do primeiro final de semana que elogiaram os banheiros da Cidade do Rock pela limpeza e agilidade. Placas digitais avisam quando a lotação do banheiro foi atingida. E fica uma dica: você pode encontrar filas em banheiros próximos aos palcos que tem shows.
Atrações além da música: o festival virou um grande parque de diversão. Além dos shows, o número de atrações, como os brinquedos radicais, e a arena imersiva NAVE, a Game Play Arena e o espetáculo Uirapuru, são acertos do festival.
O que deu errado
Trânsito: o primeiro dia de festival, na última sexta-feira, colaborou para gerar um engarrafamento de 165 km. Pessoas levaram mais de três horas para chegar ao evento, nem os ônibus do Primeira Classe conseguiram fugir.
Falhas no som: ao longo do primeiro final de semana, shows de Iron Maiden e Marshmello sofreram com problemas no som no Palco Mundo. Quem estava no fundo da plateia, teve eventuais dificuldades para ouvir o som. No palco Sunset, o mesmo ocorreu com frequência na sexta-feira e sábado, principalmente em shows com maior público.
Controle da multidão: milhares de fãs chegaram bem cedo no domingo, data do show de Justin Bieber. O tumulto gerou empurra-empurra e a queda de uma grade, ocasionando pessoas machucadas. Além disso, foi relatado que pessoas furavam fila com tranquilidade.
Filas para entrar e sair: Splash ouviu relatos de que a fila para entrar estava desorganizada, principalmente no domingo. Para sair do festival, o perrengue também se estendeu aos outros dias. Nas redes sociais, fãs mostraram que o trajeto entre a saída do festival e o transporte Rock Express chegou a levar 2 horas, o que deveria ser uma caminhada de poucos minutos. horasoutros dias.
Cerveja só no dinheiro: em alguns pontos, para comprar cerveja, que é vendida a R$ 15, os frequentadores tinham que pagar em em dinheiro, pois não aceitava cartão. E um detalhe: nem sempre havia troco disponível.
Lixo no chão: após duas noites de chuva, tanto no sábado quanto no domingo, a Cidade do Rock ficou bem suja. No chão, desde papeis até capas de chuva descartáveis.
Segurança: Splash conversou com pessoas que relataram a falta de policiamento e segurança dentro do festival, assim como revista ineficaz na entrada do evento. Relatos de furtos também foram cantados nas redes sociais.
Tumulto em palco pequeno: o Supernova, palco que cabe cerca de 4 mil pessoas, atraiu mais pessoas que o esperado em shows de rap e trap no sábado. Uma escadaria que leva ao palco ficou engarrafada e gerou tumulto.
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