'Não vimos policiamento': fãs criticam segurança no Rock in Rio
O último final de semana marcou o retorno do Rock in Rio após um hiato de três anos provocado pela pandemia da covid-19. Além de música e diversão, frequentadores do festival questionaram, em conversas com Splash, o que julgaram ser falhas na segurança do evento.
Eles afirmaram que não houve revista adequada na entrada do festival, nem corporal, nem dos materiais que deveriam ser barrados na porta da Cidade do Rock. Itens proibidos, como bebidas alcoólicas e drogas ilícitas, foram utilizadas dentro do local. Além disso, frequentadores contaram que não houve conferência de nome, nem tipo de entrada dos ingressos.
"Se eu quisesse entrar com arma, faca, entraria facilmente. Para um evento gigantesco desse e bem antigo, o mínimo que já deveria ter feito é ter um detector de metais. A gente paga um ingresso hipercaro para quê? Nem sábado, nem domingo vimos segurança e policiamento. Só tem escolta quando é famosinho", afirma Larissa Alvares, de 24 anos, que esteve no primeiro final de semana do festival.
Nas redes sociais, pessoas que estiveram no festival também compartilharam histórias de furtos. Um homem disse ter sido assaltado e ameaçado com uma faca.
Segundo a Secretaria de Estado da Polícia Militar do RJ, 14 pessoas foram presas e três adolescentes foram apreendidos no primeiro final de semana do Rock in Rio. A corporação informou ter recuperado celulares e outros produtos comercializados irregularmente durante sua atuação na área externa da Cidade do Rock.
Em comunicado enviado a Splash, a organização do Rock in Rio afirmou "que existem três pontos de achados e perdidos na Cidade do Rock e que o público deve checar estes pontos para verificar pertences perdidos. E lembra que somente na primeira noite de festival do total de celulares encontrados no granado mais de 100 aparelhos já foram devolvidos a seus proprietários no mesmo dia. Para registros de furtos, a orientação é se encaminhar ao Jecrim para registrar a ocorrência".
A Segurpro informou a Splash que a "operação de controle de acesso e revista do evento é rígida e criteriosa, dentro do que é permitido por lei na aplicação ao setor de evento. Neste processo, são cerca de 300 vigilantes, entre homens e mulheres - destinadas para a revista feminina, e 150 detectores de metal".
"A SegurPro reforça que seguirá com uma operação rígida e criteriosa para este fim de semana, sem comprometer o andamento do evento para que o público tenha uma experiência segura e respeitosa durante todo o Rock in Rio", conclui.
Acusação de racismo
O jornalista Marcelo Manso, de 36 anos, denunciou em suas redes sociais que foi alvo de racismo próximo ao espaço Arena Itaú, no Rock in Rio, no último domingo. Segundo o site Mais Brasil, fundado por Manso, o jornalista foi tratado de forma irresponsável no palco patrocinado pelo banco oficial, onde seguranças e outros civis partiram para cima dele, arrancando sua credencial, agredindo-o com "mata leão".
"Reiteramos o descontentamento da atitude que aconteceu e que todas as medidas cabíveis foram realizadas. Assim como o contato com a assessoria, cujo retorno foi bastante ríspido e com um caráter de invalidação do caso", dise o site em comunicado público.
A situação teria acontecido depois do show de João Gomes e Pedro Sampaio, realizado na Arena Itaú depois da apresentação de Justin Bieber no palco principal.
Em nota enviada a Splash, a assessoria de comunicação disse que o festival repudia qualquer forma de manifestação de racismo, discriminação e preconceito.
"Por meio dessa nota, a organização esclarece que o editor do veículo Portal Mais Brasil, Marcelo Manso, precisou ser retirado pela equipe de produção de uma área restrita de backstage que ele invadiu na madrugada do dia 5, por volta das 2h, entrando no contêiner de um dos diretores de palco. A equipe de segurança não foi acionada. No momento do ocorrido, Marcelo Manso agrediu verbalmente o diretor do evento de 74 anos e teve sua credencial retida. O Rock in Rio está tomando as providências legais cabíveis", diz a organização do evento.
O Itaú se pronunciou no Twitter. e disse que "qualquer ato que represente discriminação, violência e preconceito é inadmissível e intolerável". Ainda afirmou em nota enviada a Splash que "lamenta o ocorrido e informa que, tão logo recebeu o relato, mobilizou suas equipes para rapidamente entender o caso. A apuração inicial indica que a situação não aconteceu na Arena Itaú, conforme nota divulgada pelos organizadores do festival. O banco esclarece, ainda, que a segurança de todo o evento é realizada diretamente pelo Rock in Rio".
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