Apresentador chamado de 'escurinho' por Bolsonaro é pastor e rapper gospel
Felipe Vilela, o apresentador de podcast chamado de "escurinho" pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ontem, também é pastor e faz rap gospel.
Em entrevista ao programa "É de Casa" em abril deste ano, ele contou que já foi dependente químico e se tornou religioso numa comunidade terapêutica: "Conheci crime, conheci droga, conheci uma série de outras coisas. Comi do lixo, pedi moeda no farol para fumar uma pedra de crack".
Hoje, Felipe mora em Goiás, é rapper e tem músicas como "A Alegria do Senhor" e "Alma Que Sangra".
Como pastor, ele também fala sobre religião nas redes sociais, respondendo conselhos dos seguidores e postando conteúdos de humor.
Hoje, no Instagram, ele se pronunciou sobre a fala racista de Bolsonaro. Felipe afirma que não se ofendeu: "A gente precisa ser coerente e sensato. Eu não me senti discriminado pelo presidente, nem um pouco".
"Eu considerei o fato de ele ser um militar com 67 anos. Todas as brincadeiras que ele fez são fruto da idade que ele tem, de uma outra época, de uma tentativa de se aproximar de mim, de estreitar o relacionamento para que a gente pudesse fluir no assunto."
Ontem, Felipe Vilela participou de um pool de podcasts que entrevistaram Bolsonaro. Durante a conversa, o presidente e candidato à reeleição questionou: "Você é afrodescendente?"
Felipe disse que sim, e Bolsonaro debochou: "Tu é meio escurinho. Ah, isso é crime. Não ouviu falar que eu era racista, não?"
Antes, o chefe do Executivo já tinha se referido ao mesmo apresentador como "gordinho". Depois, Jair Bolsonaro também fez "piada" com o apresentador Teófilo Hayashi, chamando-o de "japa".
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