Max Fercondini abre o jogo sobre saída da Globo: 'Fora da zona de conforto'
O ator e aventureiro Max Fercondini esteve no "OtaLab" esta semana para compartilhar com Otaviano Costa e o UOLditório as lembranças de cinco anos a bordo de um veleiro, que inspiraram o recém-lançado livro "Mar Calmo Não Faz Bom Marinheiro".
Na entrevista, Ota — que foi companheiro de elenco de Max na novela "Morde e Assopra", em 2011 — quis saber quando o ator decidiu trocar os papéis de galã pelos de piloto e marinheiro.
"Foi nos bastidores desta novela que eu comecei a estudar aviação", lembrou. "Isso foi uma grande virada. Ali eu comecei a definir o caminho que eu queria traçar para a minha vida", disse
Dois anos depois, um novo acontecimento consolidou a nova era de Max.
Outra coisa determinante foi a rescisão do meu contrato com a TV Globo [em 2013]. Eu fui obrigado a sair da minha zona de conforto. A primeira coisa que me ocorreu foi colocar os projetos pessoais à frente dos profissionais.
De pessoais, os projetos logo se profissionalizaram: Max atravessou o país pilotando um avião em "Sobre As Asas" e percorreu 21 mil quilômetros num motor home em "América do Sul" sobre rodas, ambos programas exibidos pela Globo.
Caminhei sobre uma geleira na Patagônia argentina, escalei um vulcão ativo no Chile. E depois de ter feito expedições pelo ar e pela terra, decidi viver a bordo de um barco no mar.
'Um amor em cada porto'
Logo no início da entrevista, Ota jogou um verde para Max Fercondini: "Você tem um amor em cada porto?". Ele riu e confirmou: "Tenho! Mas eu posso explicar."
Em 2017, o fim do casamento com a atriz Amanda Richter também foi decisivo para que o ator se aventurasse em alto mar. "Quando eu me separei, procurei minha terapeuta e perguntei se ela achava que eu deveria encontrar uma nova namorada para fazer a expedição comigo", contou.
E ela me disse que eu deveria ter um amor em cada porto. Mas era no sentido de buscar uma descoberta nova em cada lugar que eu passasse, do enfrentamento de novos desafios. E já tem cinco anos que eu vivo num barco.
Ota quis saber o ator usou algum aplicativo de relacionamento para auxiliá-lo nessa busca. Apesar da vida simples que diz levar a bordo do veleiro, Max não dispensa as facilidades da tecnologia:
Na Europa eu usei o Happn. Pra poder conhecer. E em todas as cidades que eu ia passando o aplicativo vibrava.
Max deixaria o barco para voltar à TV?
"Se a Globo te chamar hoje para um papel na novela das nove, para ganhar uma boa grana e com um personagem bacana, você volta?", provocou Otaviano Costa.
"Se for um personagem bacana, sim. Mas tem que ser um personagem muito legal", disse Max.
Pelo jeito, não será fácil encontrar um papel capaz de encher os olhos do ator, que atualmente prepara para gravar sua terceira expedição: em "Sobre as Ondas", Max irá navegar de Portugal até a Turquia, passando pelo Estreito de Gibraltar e Mar Mediterrâneo.
O que estou vivendo na minha vida me deixa tão realizado que qualquer outra história que eu for contar que não seja tão interessante quanto essa, não quero fazer agora.
Nudez flagrada e onda gigante
A entrevista com o aventureiro Max Fercondini estimulou a imaginação de Ota. "Você arranca a roupa e fica navegando peladão em alto mar", perguntou o apresentador.
"Já naveguei pelado, especialmente em Ibiza", confidenciou. E aproveitou a deixa para contar vários causos de sua vida de marinheiro. "Estava com uma namorada numa praia em Portugal, ancorados numa área paradisíaca, tomando café pelados", contou.
De repente passam uns 30 caras em caiaques por nós. E, como o meu barco tem a bandeira espanhola porque foi comprado em Barcelona, o último da turma a passar por nós ainda gritou: 'Viva España!'
O ator lembrou também o momento de maior perrengue que ele já viveu em alto mar:
Na minha terceira travessia do Atlântico, eu estava navegando à noite quando uma onda de seis metros e uma rajada de vento brutal fizeram o barco adernar. Um pedaço do mastro desmontou e começou a bater no casco, foi um terror.
Max revelou ainda seus maiores temores em alto mar: cair na água ("seria fatal") e pirataria. "Recentemente, um velejador solitário foi abordado por piratas na costa de Portugal e sequestrado para buscar drogas no Marrocos", contou.
Piratas são ladrões em alto mar. Algumas regiões têm mais pirataria, como no Caribe ou no Norte do Brasil. Numa situação dessas, não tem o que fazer.
OtaLab
O "OtaLab", o programa de internet que parece TV, vai ao ar toda terça-feira, às 11h, e pode ser acompanhado pelos canais do Splash no YouTube, Twitter e Facebook. Você pode assistir a toda a programação do Canal UOL aqui.
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