Invasor de quarto da rainha acendeu vela para ela, mas não irá a funeral
O cidadão britânico Michael Fagan estampou a capa dos jornais do Reino Unido, em 1982, ao invadir o quarto da rainha Elizabeth 2ª no Palácio de Buckingham. Após a morte da monarca, o homem de 74 anos afirmou que não tem planos de ir ao funeral.
Em entrevista ao jornal Metro, Fagan disse esperar que a invasão tenha sido "deixada no passado" e falou sobre sua reação à morte da rainha.
"Estou bem triste por ela ter morrido. Não quero dizer mais nada, só espero que ela descanse em paz", afirmou. "Não tenho planos de ir ao funeral, mas estive na igreja para acender uma vela para ela. Espero que tudo tenha ficado no passado", continuou.
Ele também falou de suas expectativas para o reinado do rei Charles 3º.
"Eu acredito que Charles fará um bom trabalho e irá cuidar do planeta. Ele será muito bom nisso. Também há muita divisão entre os ricos e os pobres na sociedade e eu acho que Charles ajudará a consertar isso", avaliou.
Como foi a invasão
Em julho de 1982, Fagan invadiu pela segunda vez o Palácio de Buckingham. Na primeira ocasião, um mês antes, ele vagou pelos corredores, bebeu meia garrafa de vinho e comeu bolachas com queijo cheddar. Os alarmes dispararam, mas a polícia acreditou que eles estavam com defeito, segundo o jornal Mirror.
Na segunda vez, ele escalou um muro coberto de arame farpado, subiu por um cano, se esgueirou por uma janela aberta e conseguiu entrar no quarto da rainha enquanto ela dormia. No palácio, Fagan acidentalmente quebrou um cinzeiro e cortou sua mão.
Informações iniciais davam conta de que o invasor sentou na cama da rainha Elizabeth e conversou com ela por cerca de 10 minutos sobre sua família, até que um funcionário entrou no quarto e o derrubou no chão.
Em uma entrevista ao jornal Independent em 2012, porém, o homem contou que a situação se deu de forma diferente e foi muito rápida: "Ela passou por mim e saiu correndo do quarto, com seus pezinhos descalços correndo pelo piso."
Depois da invasão, Fagan foi colocado em uma instituição psiquiátrica, mas não foi para a cadeia porque, na época, invadir o Palácio não era crime. Porém, a partir de 1997, ele passou quatro anos preso sob acusação de conspirar para conseguir heroína com a mulher e o filho de 20 anos.
O ocorrido virou tema do quinto episódio da quarta temporada de "The Crown", série da Netflix. Na ficção, o ocorrido serve para ilustrar o desemprego durante o governo de Margaret Thatcher.
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