'Negalora', filho gay e abajur de arma: as polêmicas de Claudia Leitte
Claudia Leitte, 42, se tornou um dos assuntos mais comentados ontem nas redes sociais após publicar nos Stories de seu Instagram um vídeo que mostra um abajur em formato de arma ao lado da Bíblia, de um livro e de uma foto do seu casamento com o empresário Márcio Pedreira.
A associação das imagens foi relacionada a uma suposta defesa do armamentismo e da campanha do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).
Claudia apagou a publicação pouco depois de colocá-la no ar, mas afirmou posteriormente que o vídeo não teria "qualquer intenção política".
No entanto, esta não é a única polêmica em que a cantora se envolveu nos últimos anos. O longo histórico de controvérsias protagonizadas pela cantora vai de sexualidade do filho a falta de posicionamento durante a pandemia da covid-19.
Filho gay?
Em 2008, Claudia deu uma entrevista ao "TV Fama" e disse à jornalista Léo Áquilla que gostaria que seu filho fosse heterossexual. Na época ela estava grávida de Davi, e declarou: "Eu adoro os gays, mas prefiro que meu filho seja macho."
A polêmica se intensificou quando Márcio completou: "Deus me livre. Ele será bem criado." As declarações geraram fortes repercussões, sobretudo entre os fãs da artista, que chegaram a ameaçar boicote.
"Negalora"
Claudia Leitte lançou, em 2012, um CD e um DVD que levam o título "Negalora", referindo-se a ela mesma em uma espécie de alcunha para simbolizar suas raízes.
A arte da capa do disco foi imensamente criticada, por conter 'blackface', uma prática racista, que era utilizada no teatro antigo, quando uma pessoa de pele branca se pinta com tinta preta para representar uma pessoa negra. Na ocasião, seguidores nas redes sociais acusaram Claudinha de apropriar-se da cultura negra.
Em 2016, o assunto voltou à tona quando ela fez uma publicação para comemorar o aniversário de Salvador e referiu a si mesma como "Negalora do Pelô". Na ocasião, ela explicou que se tratava de uma referência à música "Magalenha", de Carlinhos Brown, e o apelido teria sido dado a ela pelo próprio.
Pintinhos pisados
Em 2015, Claudinha participava do "Encontro com Fátima Bernardes" e contou uma história de uma situação que saiu de seu controle.
A cantora revelou que um dos convidados de seu casamento, seu amigo Glauco, resolveu levar pintinhos para a festa, e soltá-los pelo chão. Ela disse que tudo começou com uma brincadeira, mas que a situação ficou feia quando os convidados começaram a pisar nos pintinhos e matá-los.
"A minha avó começou a pisar no pinto, e foi uma coisa... o pintinho 'piu' e, ploft, morrendo", relatou. "Foi um verdadeiro genocídio."
Na ocasião, ativistas e associações de defesa dos animais criticaram a cantora. No programa, que foi ao ar ao vivo, a história parece ter causado constrangimento em Fátima e nos demais convidados.
Sexo sem vontade
No mesmo ano, a cantora concedeu uma entrevista a Gshow para falar sobre seu casamento e dar dicas de relacionamento. Então jurada do "The Voice Brasil", ela disse que as mulheres deveriam estar sempre arrumadas para os homens.
"Nunca fique descabelada na frente da pessoa que você gosta. Nem sem escovar os dentes, pelo amor de Deus (...) Vá correndo ao banheiro, escova os dentes, volta correndo pra cama, finge que tá dormindo e ó, o hálito fica incrível de manhã cedo", afirmou.
Além disso, ela também sugeriu que as mulheres precisavam fazer sexo, mesmo cansadas ou sem vontade, para "manter a chama acesa".
"Se você tá cansada, chegou do trabalho exausta, mas faz uma semana que não acontece nada e a pessoa tá lá louca... Bota sua melhor lingerie e vai! Ou vai sem nada mesmo, mas vai! E se você achar que está um pouco fora do peso é só colocar uma meia luz que isso resolve toda a situação."
Faltou indignação
Convidada do "Altas Horas" em maio de 2021 ao lado de Deborah Secco e Ana Maria Braga, Claudinha foi criticada ao se esquivar da pergunta sobre o que a deixava indignada.
"A minha indignação? Eu tenho um coração pacificador. Eu me indigno, sou capaz de virar tudo pelo avesso, de chutar as barracas, mas acho que todo mundo tem um lugar onde pode brilhar uma luz para desfazer o que está acontecendo e se essa luz se acende, obviamente, não vai ter escuridão", respondeu ao ser questionada por Serginho Groisman.
Para a mesma pergunta, Deborah Secco respondeu que fica indignada com "normalizar as piores coisas e seguir adiante como se estivesse tudo bem".
Dias depois, a cantora recorreu ao Instagram para se desculpar:
"Estávamos conversando sobre o contexto de pandemia. Foi me dada a oportunidade de falar sobre as indignações. Mais que um desabafo, era um momento em que eu precisava ter muita consciência do meu papel social, e eu não tive. Não sei porque dei uma resposta evasiva e desde então estou reflexiva", confessou.
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