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Paula Barbosa sobre fala da Zefa da 1ª versão de 'Pantanal': 'Muito grave'

Zefa (Paula Barbosa) em Pantanal - Divulgação/TV Globo
Zefa (Paula Barbosa) em Pantanal Imagem: Divulgação/TV Globo

Colaboração para Splash, no Rio de Janeiro

22/09/2022 13h28

Paula Barbosa, de 36 anos, a Zefa de "Pantanal' (TV Globo), falou sobre o encontro com Giovanna Gold, que viveu a personagem na primeira versão da novela, nos bastidores do folhetim após a "confusão" entre as duas. A atriz disse ter achado "muito grave" o que foi dito por ela. A artista também contou que não teve oportunidade para conversar, mas não descartou um acerto no futuro.

"Nesse dia da gravação, eu não tive a oportunidade de conversar com ela sobre o assunto e, sinceramente, eu nem quero. Porque quando a gente fala alguma coisa de alguém é muito delicado. Muita gente não conhecia o meu trabalho e falar uma coisa dessa, hoje em dia, pode cancelar uma pessoa", disse ela no podcast "Papo de Novela" do Gshow.

A atriz afirmou ter achado "muito grave" as declarações ditas por ela. "Acho que ela poderia ter me procurado e falado comigo. Então, nesse dia, a gente se cumprimentou, mas também não tive muito assunto com ela. Não me senti à vontade para bater esse papo, mas queria que tivesse sido diferente. Era um momento para a gente curtir junto. E confesso que continuo na interrogação".

Em seguida, ela disse que, no futuro, não descarta uma conversa entre as duas para se acertarem. "Mas, se um dia a gente tiver oportunidade de falar sobre isso com calma, a gente fala".

Neta de Benedito Ruy Barbosa, autor da primeira versão transmitida na extinta Rede Manchete, e prima de Bruno Luperi, encarregado de escrever o remake exibido na Globo, a atriz disse se sentiu alguma espécie de cobrança por interpretar uma personagem da trama.

"Meu avô sempre cobrou muito de mim. E, na época, eu não entendi o porquê de tanta cobrança, mas hoje entendo. Porque é o peso de você ser parente. Imagina meu avô me colocar em um trabalho dele e eu não estar preparada? E eu ia estragar o trabalho dele e eu ia me prejudicar. Eu sou a neta dele, ele me ama. Ter essa cobrança dele foi essencial para esse momento. Hoje, quando ele me quer para um personagem, eu me sinto honrada, porque sei que, se ele me quer lá, é porque eu tenho capacidade", contou.

"Eu acho que essa cobrança, vamos dizer assim, é um pouco natural. A gente fala de 'Pantanal' entre vô, neta e neto, um conjunto de pessoas da mesma família. Mas o que muita gente não sabe é que lá atrás meu avô chamou minha mãe e minha tia para serem assistentes dele durante muito tempo. Depois de anos, em 2004, foram chamadas para reescreverem novelas antigas dele no horário das 6. Elas começaram com 'Cabocla', 'Sinha Moça' e 'Paraíso', que foi a que eu estreei", continuou ela.

Além disso, sua mãe e sua tia contavam com a ajuda do seu irmão Marcos e com a do primo Bruno, respectivamente. "Marcos e Bruno são os netos que acompanhavam o meu avô nessa saga de escrever novela. Sempre estiveram muito inseridos nesse universo do meu avô. Já eu fui a única que teve a paixão por atuar", disse.

No entanto, ela negou que a família inteira esteja envolvida no segmento da arte e tenham essa paixão aflorada. "Não, gente, a família é enorme, vocês não têm ideia. Mas é natural essa coisa de quando a gente tem alguém da família que segue uma profissão. Muitas vezes dos filhos ou netos admirarem e verem aquilo a vida inteira e acabam dando continuidade. Também tem o inverso, quando avô e pai ficam frustrados pelos filhos e netos não quererem saber da profissão deles", avaliou.

"Treta"

Diferentemente dos outros atores que conversaram com os responsáveis pelos personagens na versão original de 1990, Giovanna disse que foi ignorada por Paula.

Giovanna afirmou que entrou em contato com a neta de Benedito Ruy Barbosa, que vive agora a personagem, mas, de acordo com ela, foi frustrado.

"Mandei uma mensagem para ela, desejei boa sorte, mas ela não me falou nem obrigado", confessou Giovanna em uma live com o jornalista Luciano Santiago, no Instagram.

Após isso, Paula usou seu Instagram para rebater as declarações e negou que isso seja verdade.

"Eu não queria dar ibope pra esse tipo de coisa, mas, as pessoas têm me perguntado sobre isso, e eu faço questão de dizer. (...) A Giovanna Gold, a primeira Zefa de Pantanal, disse que me mandou mensagem e eu nem sequer agradeci e ignorei. Isso não é verdade. Eu prefiro acreditar que alguém interpretou mal algo que ela tenha dito. Porque lá no comecinho, quando eu comecei a divulgar que ia fazer a Zefa, ela comentou em uma foto minha e eu respondi o comentário dela. Dizendo o quanto eu tava muito feliz e honrada em pegar o bastão".

"Logo depois desse ocorrido, eu postei no meu Stories uma foto dela junto com o Marcos Palmeira da primeira versão, e escrevi uma coisa pra ela, marquei ela, e ela me respondeu: 'legal, sucesso'. Mesmo ela tendo me respondido dessa forma eu não levei pra ela pelo lado de: 'Ai, meu Deus, que seca'", contou.

Paula ressaltou que respondeu à Giovanna: "Eu sei que eu respondi para ela. Até porque eu não teria porque ignorá-la, eu queria, na verdade, estar até curtindo com ela esse momento. E ela parece estar dando algumas declarações doídas, ao invés de estar feliz por mim, está doída. Não é legal, porque eu sou muito transparente, verdadeira, e eu procuro ser do bem, educada com todo mundo, e eu jamais ignoraria alguém".

Beijos quentes

No podcast, Paula também comentou sobre os beijos quentes entre a sua personagem e de José Loreto (Tadeu). "A Zefa no primeiro momento se assustou, mas se entregou também porque estava adorando. Tem a coisa do desejo dela reprimido, porque apesar de achar errado ela é mulher, com desejos e vontades", disse.

Ao comentar sobre os beijos quentes trocados entre os dois, ela admitiu que abriu mão dos chamados beijos técnicos para passar uma cena mais realista e verdadeira ao público.

"Por mais que a gente fale que existe o beijo técnico, a questão técnica é ali estar com o colega de cena. É diferente! Tem 50 pessoas ali juntas, luz e câmera... esse é o lado técnico. A forma mecânica como a gente abraça e beija a gente tem que fazer para valer. Por que quem assiste vai acreditar nisso? A técnica está em conversar como a gente vai fazer. Foi super para valer, super conversado", afirmou.

Com as gravações na reta final e o desfecho da novela, a atriz confessou já sentir saudades e também falou do clima entre os atores de "Pantanal".

"Me apeguei demais! Meu filho e o Diego (marido) moram em São Paulo. Antes desse trabalho, eu nunca tinha ficado 24h longe do meu filhote. Então, ir para o Pantanal, ficar vários dias longe... A galera desse trabalho foi essencial para mim, nessa maratona. Tive muitos momentos difíceis, emocionalmente falando, e todo mundo estava junto, de mãos dadas, cada um com sua história. Se não fosse isso, talvez a gente não tivesse conseguido. Não foi fácil. (...) Vocês não têm ideia da saudade! Viramos uma família mesmo", finalizou.

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