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Camilla de Lucas chora ao falar de caso de racismo: 'Não vou deixar barato'

No "Altas Horas", Camilla de Lucas se emociona ao falar de caso de racismo - Reprodução/Globoplay
No 'Altas Horas', Camilla de Lucas se emociona ao falar de caso de racismo Imagem: Reprodução/Globoplay

De Splash, em São Paulo

25/09/2022 00h18Atualizada em 25/09/2022 18h27

A influenciadora digital Camilla de Lucas participou do "Altas Horas" (TV Globo) e abordou o caso de racismo que viveu recentemente em um avião nos Estados Unidos.

Segundo a ex-sister do "BBB 21" (TV Globo), uma funcionária da companhia aérea questionou se ela estava no lugar certo ao vê-la na classe executiva da aeronave. Segundo ela, os outros passageiros não foram questionados da mesma forma pela mulher e uma outra passageira brasileira, que a reconheceu, se revoltou ao ver a cena.

Camilla se emocionou ao falar sobre o assunto e disse que ficou "constrangida" com a situação.

"A gente acha que racismo é só chamar o outro de forma pejorativa. O racismo tá numa situação de alguém olhar e achar que eu não poderia ocupar aquele lugar na executiva, que pra mim é algo normal. [...] Eu comecei a ficar sem graça quando ela pediu pra ver meu bilhete", contou.

"Quando essa menina falou pra mim, começou a ficar nervosa [com a situação], eu comecei a sentir constrangimento. Eu fiquei muito envergonhada, porque eu pensei que ela achou que eu estivesse na econômica e estivesse me infiltrando ali. Já sofri racismo outras vezes, mas essa foi a primeira vez que fiquei envergonhada", continuou.

A influenciadora também afirmou que entrará com um processo contra a empresa e aconselhou pessoas que já passaram por situações semelhantes.

É constrangedor e eu acho que nessas situações é importante a gente conversar pra saber como agir. Eu não vou deixar isso barato. Eu vou entrar com um processo contra a companhia. Eles me procuraram, pediram meu contato, mas eu não vou abaixar a cabeça. Camilla de Lucas

"O que eu posso dizer pra vocês que já passaram por uma situação como essa é: não deixem impune, se pronunciem, falem, apoiem e não invalidem a situação de outra pessoa", completou.

Camilla se emocionou ao ouvir palavras de apoio de Serginho Groisman.

"Quando meu pai morreu, eu estava andando pela rua e passei por um lugar que ele adorava frequentar. Eu falei: 'vou fazer uma tentativa de sentir o que ele sentia naquele lugar, que é um lugar que ele tanto amava'. Fiz o maior esforço. Sabe o que aconteceu? Eu não consegui. Então, eu não consigo, como branco, sentir o que você sente. Mas eu consigo me solidarizar e fazer com que a gente tenha sempre atitudes antirracistas no dia a dia. [...] Não basta só informação, merece atitude", concluiu o apresentador.