Charles, brigas e racismo: Meghan Markle se vê entre polêmicas na realeza

A morte da rainha Elizabeth 2ª promoveu reencontros, mas também evidenciou diferenças e assuntos mal resolvidos. Um dos focos da imprensa e dos autores britânicos que estudam a monarquia se tornou Meghan Markle, a ex-atriz norte-americana casada com o príncipe Harry.

No dia da morte da monarca, quando o mundo acompanhava o luto da família, a divergência da família com relação a Meghan se desenrolava nos bastidores. O agora rei Charles 3º pediu ao filho para que não levasse a esposa ao Castelo de Balmoral — irritado, Harry se recusou a jantar com o pai.

Esse é apenas um dos problemas da duquesa de Sussex com a família real britânica. Além de polêmicas com o sogro, Meghan é alvo de brigas, racismo e até rumores de seus ex-funcionários dos castelos do Reino Unido. Relembre abaixo!

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Meghan e Harry deixam a família real

Meghan e Harry deixaram de ser parte oficial da família real em janeiro de 2020 e, pouco tempo depois, mudaram-se para Los Angeles, nos Estados Unidos. Em um comunicado oficial, o casal reforçou que pretendia dividir o tempo entre Reino Unido e América do Norte.

Pouco mais de um ano depois da desvinculação da realeza britânica, eles concederam uma entrevista à Oprah Winfrey e revelou mais questões que levaram ao distanciamento. Segundo Meghan, houve certo receio, por parte do Palácio de Buckingham, de que seu primogênito, Archie, nascesse com a pele escura.

Charles teria questionado o tom de pele dos netos

Segundo o livro "Brothers and Wives: Inside The Private Lives of William, Kate, Harry and Meghan" (em tradução livre: "Irmãos e esposas: por dentro das vidas privadas de William, Kate, Harry e Meghan"), de Christopher Anderson, o rei Charles teria feito comentários racistas quanto ao tom de pele dos filhos de Harry e Meghan.

De acordo com o tablóide Page Six, o livro relata que o diálogo aconteceu entre Charles e sua esposa, a rainha consorte Camilla, na véspera do casamento do caçula.

"Eu me pergunto como seriam as crianças", teria dito Charles. Diante da resposta de Camilla de que elas seriam "lindas", o rei insistiu: "Quer dizer, como você acha que a pele dos filhos deles vai ser?".

Meghan não se juntou a Harry no dia da morte da rainha

Após os atritos com a família real, apenas Harry esteve com a realeza britânica no Castelo de Balmoral, na Escócia, no dia da morte de rainha Elizabeth 2ª. De acordo com The Sun, ele foi informado por seu pai de que Meghan não deveria acompanhá-lo na ocasião.

Após o ocorrido, Harry se enfureceu com a atitude de Charles e se recusou a jantar com o rei, Camilla e o príncipe William naquela noite. Ele preferiu comer junto dos tios Andrew, Anne e Edward.

"Charles fez um convite aberto para Harry jantar com ele sempre que estiver no país. Mas Harry se enfureceu que se recusou a comer com o pai e o irmão. Foi um grande desprezo. E ele saiu de Balmoral na primeira oportunidade, para pegar o primeiro voo comercial de volta a Londres", declarou uma fonte anônima ao jornal The Sun.

Duquesa é alvo de rumores de ex-funcionários da realeza

Segundo o livro "Courtiers: The Hidden Power Behind the Crown", do jornalista Valentine Low, ex-funcionários do castelo real ficaram "destruídos" após supostas broncas aos gritos de Meghan.

"Muita gente ficou destruída. [...] Mulheres jovens foram destruídas pelo comportamento deles", diz uma fonte ao autor, que escreve sobre a família real para o jornal britânico The Times desde 2008.

Na obra, Low descreve uma série de situações em que Meghan e o príncipe Harry supostamente maltrataram empregados. Em uma das ocasiões, o casal teria ligado diversas vezes para um funcionário para repreendê-lo.

"A cada 10 minutos, eu precisava sair [de onde estava] para ouvir gritos dela e de Harry. Era: 'Eu não acredito que você fez isso. Você me decepcionou. O que você estava pensando?'. Foi assim por algumas horas", disse o ex-funcionário, que acrescentou que Meghan e Harry voltaram a ligar na manhã seguinte e continuaram ligando durante dias. "Não dava para escapar deles", completou.

O livro ainda afirma que a duquesa era supostamente chamada de "sociopata narcisista" pelos ex-funcionários.

Um trecho da obra revela que os ex-assessores se autodenominam membros do "Clube dos Sobreviventes de Sussex" e que Meghan estava "deliberadamente deixando uma trilha de evidências" enquanto planejava cuidadosamente a sua saída da família real.

"Ela queria ser rejeitada porque estava obcecada com essa narrativa desde o primeiro dia", disse um ex-funcionário ao autor.

O livro ainda afirma que a ex-equipe de Meghan se convenceu de que a esposa de Harry queria mostrar como a instituição falhou com ela.

"Todo mundo sabia que a instituição seria julgada pela felicidade da duquesa. O erro que eles cometeram foi pensar que ela seria feliz", revelou uma fonte.

Meghan passa por um "trote infernal" da realeza

A escritora e estilista Christina Oxenberg relatou ao The Post que a família real promove uma espécie de "trote infernal" com Meghan.

A prima de terceiro grau do rei Charles 3º destacou que esse é o tipo de comportamento dado pelos membros da realeza ocorre com frequência com recém-chegados, especialmente mulheres.

"Para Meghan Markle eu digo: O que você está passando é uma espécie de trote infernal. Se ela conseguir aguentar firme, virá outra pessoa que pode aguentar. Ninguém consegue se livrar", disse Christina.

Ela ainda declarou que outras pessoas foram alvos de trotes dentro da família real, mas classificou os atos com Megan como "particularmente brutais". "Eles são duros com estrangeiros. Não é sobre a cor da sua pele. É sobre ser estrangeiro", concluiu.

Christina é irmã mais nova da atriz Ctherine Oxenberg e filha da princesa Elizabeth da Iugoslávia e, segunda ela, já foi muito amiga de Charles.