Coolio, de 'Gangsta's Paradise', foi membro de gangue e viciado em crack
O rapper Coolio, autor do hit "Gangsta's Paradise", morto na última quarta-feira (28) aos 59 anos, já foi bombeiro e membro de uma gangue.
De acordo com o site TMZ, ele morreu na casa de um amigo. Empresário de longa data do astro, Jarez afirmou ao site que o rapper foi ao banheiro na residência desse conhecido e não retornou. O dono da casa, então, começou a chamá-lo, sem sucesso. Ao abrir a porta, encontrou Coolio caído no chão.
Coolio , cujo nome real é Artis Leon Ivey Jr., nasceu no dia 1º de agosto de 1963 e cresceu em Compton, em Los Angeles, de onde também vêm rappers como Kendrick Lamar e o grupo N.W.A. (Eazy-E, MC Ren, Dr. Dre, Ice Cube, DJ Yella e Arabian Prince).
Coolio era uma criança estudiosa e sofreu de asma a vida inteira — mesmo quando adulto, ele usava a bombinha para controlar as crises durante algumas apresentações. Em uma entrevista ao jornal The Independent em 1997, o rapper relembrou a influência de sua mãe:
"Ela me ensinou todos os jogos de tabuleiro e de cartas que você pode imaginar. Quando eu tinha dez anos, ela convidava pessoas para a nossa casa para jogar dominó e os enganava! Ela os deixava ganhar, e depois dizia: 'Vocês vão se arrepender, eu e meu filho de dez anos vamos acabar com vocês'. Ela apostava US$ 50. Aí eu chegava e a gente acabava com eles, cara."
Na adolescência, no entanto, sua vida se tornou mais turbulenta: Coolio se envolveu com uma gangue, foi detido pela polícia e chegou a desenvolver dependência de crack.
Sua vida mudou quando ele virou bombeiro voluntário e, depois, entrou para o Departamento Florestal e de Incêndios da Califórnia. Ele se tornou religioso, e atribui ao cristianismo o fato de ter superado a dependência do crack.
Em 1987, aos 24 anos, lançou sua primeira música, "Whatcha Gonna Do?". Seu maior sucesso, "Gangsta's Paradise", foi lançado em 1995 como parte da trilha sonora do filme "Mentes Perigosas". Coolio escrevia letras sobre sua juventude em Compton e ficou conhecido como representante do "rap gangsta", mas na entrevista ao The Independent recusou o termo:
"Rap gangsta é uma classificação pejorativa. A gente fazia rap sobre a nossa realidade. Eles deveriam chamar de 'rap realidade', ou 'rap das ruas', 'rap da quebrada'. Eles só escolheram chamar de rap gangsta para deixar as pessoas com medo. Eu não me considero um rapper gangsta. Mas provavelmente tenho mais direito de me chamar assim do que as pessoas que se classificam assim. Eu vivi essa vida."
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