Cássia Kis trocou PT por Bolsonaro, mas já defendeu surra no presidente
A atriz Cássia Kis, de 64 anos, saiu em defesa do candidato à presidência Jair Bolsonaro (PL), na noite de ontem, durante o lançamento da novela "Travessia" — que irá substituir "Pantanal". O que chama atenção no posicionamento da artista é que ela já declarou apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na conversa com os jornalistas, que o colunista Lucas Pasin, de Splash, acompanhou, Kis confirmou a informação dada pelo jornal Extra, que havia, sim, conversado com os colegas de elenco da nova trama global sobre "o assunto mais importante do Brasil no momento".
Bolsonaro é cristão. Mas católico de verdade ele ainda não é, mas pode ser. Ele está sendo apoiado [pelos católicos], e isso é maravilhoso, porque é evidente que o presidente Bolsonaro vem se transformando como homem. Ele reconhece que falou muita bobagem, tem reconhecido isso, sobretudo porque a vida religiosa e espiritual vêm se transformando com muita força.
Cássia Kis
Ainda no diálogo com a imprensa, ela citou repentinamente uma profecia que seria de Nossa Senhora sobre o futuro do Brasil. De acordo com Cássia Kis, o país tem mudado positivamente com Bolsonaro, "só não vê quem não quer".
"Bolsonaro tinha que levar uma surra"
A defesa à reeleição de Jair Bolsonaro acontece dois anos após a artista dizer que o Presidente da República deveria "levar uma surra de cinto da mãe" por conta de suas atitudes durante a pandemia.
Em entrevista à revista Veja, Kis declarou que estava muito triste durante o período de isolamento social causado pelo coronavírus. Segundo ela, o comportamento do Presidente da República era de um "homem infantil que não amadureceu".
Choro todos os dias e às vezes tenho a sensação de que estou testemunhando o fim do mundo, porque não dá para viver em paz sabendo que tem gente sem ter o que comer, sem acesso à saúde... Os absurdos que ele diz são coisas de criança, de homem mimado. O Bolsonaro tinha que levar uma surra de cinto da mãe dele.
Cássia Kis
Sem papas na língua, ela pontuou que Bolsonaro tinha uma atitude negacionista contra a saúde pública por ir contra as orientações do ministro da saúde da época, Henrique Mandetta.
Quando eu via o Mandetta falando, até pensava: 'O Brasil vai sair bem dessa história'. Tinha um comando ali, ele sabia o que fazia. Lidava com a ciência. Aí vem o Bolsonaro, filhinho da mamãe, birrento, querendo mostrar que ele é que manda. É inacreditável.
Cássia Kis
"Fui petista"
O racha de Cássia Kis com o ex-presidente Lula e seus aliados na política nacional foi externado, oficialmente, em 2015 — um ano após a reeleição de Dilma Rousseff como presidente da república.
Durante a premiação Troféu Mulher Observadora, da revista digital Observatório Feminino, a artista relatou que chegou a ficar deprimida em virtude da política.
"Nós estamos vivendo um pesadelo. O triste é que não é um pesadelo. É uma realidade que começou há dez anos. O país foi destruído. Há cinco anos o Brasil está descendo ladeira. Só desce, não sobe mais. Eu leio dois jornais por dia e me sinto muito corajosa por isso. Meu marido me manda parar e eu digo que não consigo. Parece que não vai parar de aparecer 'm'. Com um 'M' bem grande. Vai dando desespero ver tanto absurdo", desabafou ela, no relato trazido pelo site EGO.
A artista não escondeu que sofreu com uma grande desilusão com a política e afirmou que o PT (Partido dos Trabalhadores) era doente.
Eu fui petista. Eu fui a jantares com Lula, e o vi se apresentar pra meia dúzia de gatos pingados. O PT não era isso. É agora um partido doente, bandido. Nós temos que reagir. Nós não vamos virar uma Venezuela.
Cássia Kis
Ela, no entanto, não declarou quem seria o novo político ou partido que passaria a ter o seu apoio. No ano seguinte, ela foi às ruas de Copacabana, no Rio de Janeiro, ao lado de Marcio Garcia, Susana Vieira e Marcelo Serrado durante protesto contra a presidente Dilma Rousseff.
Último trabalho na TV
Cássia Kis está de volta às telas com a novela "Travessia", que assume o lugar de "Pantanal" e estreia na próxima segunda-feira, 10, na TV Globo.
Em seu último trabalho na televisão, a atriz interpreta a vilã Sidália. No papel, ela será uma executiva ardilosa que trabalha há anos na empresa de Guerra (Humberto Martins) e tentará chegar ao poder por meio de intrigas
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