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Caetano ganha ação contra pesquisadora que o chamou de 'macaco pedófilo'

Caetano Veloso na divulgação do álbum "Meu Coco" - Fernando Young / Divulgação
Caetano Veloso na divulgação do álbum 'Meu Coco' Imagem: Fernando Young / Divulgação

De Splash, em São Paulo

06/10/2022 16h03Atualizada em 06/10/2022 16h46

Caetano Veloso ganhou a ação contra uma pesquisadora que o chamou de "macaco pedófilo" via Twitter, em 2018. O comentário foi em resposta a um post da Revista Fórum sobre o blogueiro Flavio Morgensten, condenado a indenizar o cantor em R$ 120 mil pela hashtag #CaetanoPedófilo.

Maria Carla Petrellis, que na ocasião informava ser funcionária do Instituto Butantan, terá que pagar R$ 30 mil a Caetano por danos morais. No tweet que virou alvo do processo, ela ainda compartilhou uma matéria da Folha de S. Paulo em que Paula Lavigne afirmou ter perdido a virgindade com o cantor aos 13 anos, enquanto ele tinha 40.

Splash teve acesso à decisão.

Não se pode aceitar a alegação da ré de que não pretendia ofender o autor, pois o chamou de 'macaco pedófilo'. Se ao lançar este rótulo nefasto a ré não pretendeu ofender, não se pode mensurar como a mesma se expressaria caso tivesse tal intenção
Juiz Luiz Antonio Valiera do Nascimento, da 39ª Vara Cível do TJ do Rio.

A decisão ainda rechaça as alegações da pesquisadora, de que um assessor teria sido o responsável pela publicação. O juiz também pediu ao Twitter que a mensagem seja excluída da plataforma em 10 dias.

A ofensa irrogada é tal qual uma flecha lançada, cujo arrependimento de quem a lança não a traz de volta. Deve a ré ser responsabilizada por seus atos e deve ser condenada a reparar os danos subjetivos causados, não sendo demais destacar que a expressão lançada contém uma injúria e uma calúnia, pois além da ofensa atribui ao autor a prática de crime.

A reportagem entrou em contato com Paula Lavigne, que informou que Caetano não irá se pronunciar. Splash também busca contato com Maria Carla Petrellis. O espaço segue aberto.