No Brasil, J Balvin se declara a Anitta: 'Para ela, nunca vou dizer não'
J Balvin sabe que não é fácil vencer a barreira linguística e conquistar o mercado brasileiro. Mesmo assim, o cantor colombiano de 37 anos escolheu o Brasil para iniciar a sua turnê sul-americana e cantar músicas do álbum mais recente, "JOSÉ".
Há cerca de seis anos, ele teve o primeiro contato dele com o país ao gravar o remix de "Ginza" com Anitta. Na época, a popstar brasileira fazia um caminho inverso: dava os primeiros passos na construção da carreira nos países hispânicos da América Latina.
Hoje, eles são amigos e trocam declarações de afeto nas entrevistas e nas redes sociais.
"Anitta é uma mulher especial. É uma irmã, eu a amo. Ela me deu muitas bênçãos, boa energia. Me apresentou ao publico, me apresentou ao Brasil. 'Esse é meu irmão'. Fico feliz com nossa irmandade", diz em entrevista a Splash.
Balvin conta que os dois trocam mensagens no WhatsApp e se encontram quando pode. Ele conta que os dois saíram para comemorar juntos após Anitta vencer o "Melhor Clipe Latino" do VMA 2022 com a música "Envolver", em agosto.
"Há pouco, saímos para jantar quando ela ganhou o prêmio da MTV. Saímos para jantar, fomos a uma festa e conversamos muito. Quando podemos, falamos, e falamos bastante", prossegue ele, que não descarta novas parcerias com a brasileira.
Para ela, nunca vou dizer um 'não'. Sempre que quiser fazer algo comigo, sabe que pode contar comigo. Sei que com ela, (acontece) o mesmo.
J Balvin sobre Anitta
Além de Anitta, no papo com Splash, Balvin ainda cita outros artistas brasileiros que admira, além de comparar o funk ao reggaetón.
"(Conheço) Leo Santana, MC Fioti, Ludmilla... Cada vez mais, vou aprendendo um pouco. Brasil tem muitíssimos artistas. Tem que estar aqui para aprender mais da cultura... Adoro o funk, é o reggaetón do brasileiro. É o som que veio da rua, se expandiu e que todo mundo gosta.
E revela planos para as horas livres no país. "Quero conhecer bastante enquanto não chega o show de São Paulo. Quero aprender bastante da cultura. Quero ir ao Cristo, ao Corcovado", diz.
Mercado brasileiro
Batizado de José Álvaro Balvin, o cantor tem mais de 52 milhões de ouvintes mensais no Spotify, mas somente agora, pela primeira vez, traz um show completo de uma turnê ao país. Em 2017, ele chegou a cantar no país, mas foi em um festival.
Aqui não tem shows de reggaetón normalmente. Para mim, é meu primeiro show de reggaetón, finalmente, como J Balvin. Super feliz e muito agradecido
J Balvin sobre trazer turnê ao Brasil
No bate-papo com Splash, ele ainda exalta os fãs brasileiros e diz que eles são "uma benção".
"(Aqui) Se escuta música em português ou inglês. Em espanhol, é muito pouco. É bonito ver que tem gente que veio nos ver, que está apoiando. Para mim, é como um desafio poder ganhar o público do Brasil com música, boa energia. E que, cada vez mais, os shows de Balvin sejam maiores no Brasil. É um mercado totalmente novo para a gente sempre", explica.
Depois de se apresentar no Rio ontem, o colombiano sobe ao palco do Allianz Parque Hall, em São Paulo, no sábado. A abertura será de Gloria Groove e Tropkillaz. Brasil é o único país a receber dois shows da turnê que mescla hits e faixas do álbum mais recente, "JOSÉ". Na sequência, ele visita Uruguai, Argentina, Chile, Peru e Paraguai.
Recentemente, ele esteve no Vaticano em um encontro com o papa. Eles conversaram sobre como a música pode ajudar a falar de saúde mental, que ainda é tabu na sociedade. Balvin, que já relatou ter passado por crises depressivas, ele explica por que tratar do tema.
"O mundo sofre muito com a saúde mental. Por isso, falo disso. Acabo de fazer um novo aplicativo, se chama OYE. É para ajudar as pessoas que passam mau momento e não sabem como canalizar seus sentimentos e emoções... Gosto de transmitir mensagens", finaliza.
Como foi o primeiro show de J Balvin no Brasil?
Quase às 22h da última quarta-feira, J Balvin subiu ao palco do Vivo Rio, na Zona Sul do Rio, para cantar aos fãs que aguardavam seu primeiro show solo no país.
Mesmo em um palco e plateia menores do que está acostumado ao redor do mundo, ele apresentou um show completo e parecia estar em casa ao cantar sobre uma mesa que ocupava a extensão do palco. A performance contou com um show de luzes, cenário colorido e diferentes looks.
Acompanhado por três músicos e dez bailarinos, incluindo brasileiros, ele se apresentou por mais de 1h30 e interagiu com os fãs ao falar algumas palavras em português.
"Meu nome é J Balvin, sou de Medellín, Colombia", disse ele, antes de agradecer em português: "Obrigado, Brasil".
Anitta não esteve presente como muitos fãs esperavam, mas ela foi lembrada durante o show, pelo menos, no setlist da apresentação. "Bola Rebola", que teve participação de Bianca, do hit "Aí, Preto", e "Ginza" marcaram presença.
No setlist, estão músicas, como: "Mi Gente", que ganhou remix com Beyoncé, "Con Altura", feat com Rosalía", e "La Canción", parceria com Bad Bunny. Ainda assim, faltou a principal colaboração entre Balvin e Anitta, o hit "Downtown", faixa que tem mais de 600 milhões de visualizações somente no YouTube.
A abertura ficou com Leo Santana, que estava acompanhado pela esposa, Lore Improta. Famosos também prestigiaram o colombiano, como Bruna Marquezine, Erika Januza, Gabily, Pocah e Lexa.
Confira o setlist:
1. Mi gente
2. Reggaeton
3. Bonita
4. ¿Qué más pues?
5. Sigue
6. Con altura
7. Blanco / Amarillo / Azul / Morado
8. Medusa
9. X
10. Safari
11. 6 AM
12. Ay vamos
13. Bellacón
14. Qué calor
15. Loco contigo
16. 7 de mayo
17. La canción
18. Rojo
19. Un Día (One Day)
20. Mojaita
21. Qué pretendes
22. Yo le llego
23. No me conoce
24. Ginza
25. I Like It
26. In da Getto
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