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Filha de vítima de Dahmer diz que não consegue dormir após assistir à série

Evan Peters interpreta Jeffrey Dahmer em série polêmica da Netflix - Ser Baffo/Netflix
Evan Peters interpreta Jeffrey Dahmer em série polêmica da Netflix Imagem: Ser Baffo/Netflix

De Splash, em São Paulo

20/10/2022 13h45Atualizada em 20/10/2022 13h51

Tatiana Banks, de 31 anos, filha de uma das vítimas de Jeffrey Dahmer, disse que não consegue mais dormir após assistir a um episódio da série "Dahmer: Um Canibal Americano" (Netflix).

A jovem é filha de Errol Lindsey, morto aos 19 anos pelo serial killer. O rapaz foi a 11ª vítima de Dahmer e foi um dos homens que Dahmer tentou transformar em "zumbis" usando ácido clorídrico. Tatiana nasceu seis meses após a morte do pai.

Em entrevista ao site Insider, ela disse que a série "abriu feridas que já estavam fechadas" e, assim como sua tia, Rita Isbell, afirmou que a produção da atração não entrou em contato com a família.

"Eu sinto que eles deviam ter entrado em contato, porque há pessoas ainda em luto por causa daquela situação. Aquele capítulo da minha vida estava fechado, e eles basicamente reabriram", disse,

Tatiana afirmou que assistiu a apenas um episódio da série, que mostra sua tia dando um depoimento emotivo no tribunal. Segundo a jovem, a cena "partiu seu coração".

"Eu queria estar lá para aliviar a dor dela", lamentou.

Mesmo tendo visto a apenas uma parte da série, Tatiana tem tido problemas para dormir.

Honestamente, desde que a série estreou, eu não consigo dormir. Eu vejo Jeffrey Dahmer nos meus sonhos. Tatiana Banks

Tatiana contou ainda que, quando tinha 4 ou 5 anos, soube que o pai foi assassinado. Por volta dos 12 anos, passou a buscar mais informações sobre o caso: "Quando eu era jovem, me diziam que ele foi morto por um serial killer de Milwaukee."

Familiares de outras vítimas já criticaram a série

Tatiana não é a primeira familiar de uma vítima de Dahmer a criticar a produção da Netflix.

Eric Perry, primo de Errol, repudiou a série em suas redes sociais: "Eu não estou dizendo a ninguém o que assistir, eu sei que a mídia de true crime é enorme, mas se você está realmente curioso sobre as vítimas, minha família (os Isbell) está chateada com essa série", escreveu ele. "Recriar minha prima tendo um colapso emocional no tribunal diante do homem que torturou e assassinou seu irmão é selvagem".

A mãe de Tony Hughes, morto aos 31 anos, disse que a série não é fiel aos fatos: "Não entendo como eles podem fazer isso. Não entendo como podem usar nossos nomes e fazer coisas desse tipo", disse a mãe em entrevista ao Guardian.