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Gagliasso exige contratação de pessoas negras em projetos: 'É o mínimo'

Bruno Gagliasso - Thiago Bruno
Bruno Gagliasso Imagem: Thiago Bruno

De Splash, em São Paulo

22/10/2022 09h42Atualizada em 22/10/2022 12h38

Bruno Gagliasso tem crescido na carreira internacional. O ator de 40 anos é o protagonista de "Santo", série da Netflix gravada em Madri, na Espanha.

Ele diz que não sonhava com uma carreira no exterior, e sim com bons papéis.

"O que me moveu foi fazer um personagem brasileiro que está em Madri, mas não precisa falar inglês ou espanhol. Esse momento no streaming é rico porque hoje você pode fazer uma série internacional sem sair do seu país", contou em entrevista à Veja.

O artista comenta o tom político de seus personagens, como no filme "Marighella". "Tenho orgulho de estar em projetos que falam sobre a história do nosso país. Uma história que tentam apagar, mas não vão conseguir. Eu tenho filhos pretos, pô. São projetos que eles vão ver no futuro".

Não só em meus trabalhos como ator, mas em toda campanha de publicidade exijo que haja pessoas pretas no projeto. Eu já ouvi falarem: 'Pô, se chamar o Bruno é complicado, porque ele vai exigir que tenha gente preta'. E é isso. Eu exijo mesmo.
Bruno Gagliasso, ator

"Fomos nós, brancos, que começamos essa m**** toda. Então, o mínimo que podemos fazer é exigir que haja companheiros pretos ao nosso lado. Essa consciência veio com os meus filhos. O amor faz a gente acordar", disse o ator.

Ele também comentou o episódio de racismo contra os filhos Titi e Bless, de 9 e 7 anos, em Portugal.

"Racismo não é para ser discutido, é para ser combatido. Fomos à polícia, não deixamos a criminosa fugir e tomamos as medidas cabíveis. Não vamos tolerar os intolerantes. Ensinem seus filhos a não serem racistas, porque estou ensinando os meus a revidar", declarou.

À publicação, Gagliasso também disse que não fala mais com o irmão, Thiago Gagliasso, eleito deputado estadual pelo Rio de Janeiro.

Questionado sobre as reuniões de fim de ano serem complicadas, ele foi sincero: "Não, porque não tem mais Natal em família".