Luiz Galvão, fundador do Novos Baianos, morre aos 87 anos em SP
O cantor e compositor Luiz Galvão morreu, na madrugada de hoje, aos 87 anos. Ele estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas FMUSP), em São Paulo, desde o dia 19 de setembro.
A informação foi anunciada pelo cantor Caetano Veloso e pelo ator Lúcio Mauro Filho, amigos da família que acompanhavam a internação de Galvão. Filho do artista, Lahiri Galvão se despediu do pai nas redes sociais compartilhando o anúncio de Veloso: "Vá em paz, meu papai".
O músico nasceu em Juazeiro (BA) e, em parceria com Moraes Moreira e Paulinho Boca de Cantor, fundou o grupo Novos Baianos em 1968. É o compositor de vários sucessos da banda, como "Acabou Chorare", "Preta Pretinha" e "Mistério do Planeta".
Luiz Galvão era cardiopata e diabético e estava internado no Incor havia 34 dias, onde passou por cirurgia cardiovascular. Ele ainda tinha sido socorrido à Santa Casa de Misericórdia de São Paulo seis dias antes de ser encaminhado ao Incor.
Em contato com Splash, a família informou que o músico chegou a ter uma infecção pulmonar durante a internação. O velório acontece amanhã no Funeral Arce, no Morumbi.
A família realizou uma campanha para arrecadar dinheiro nas redes sociais. O valor estava sendo destinado aos gastos com a saúde de Luiz.
Em homenagem publicada no Instagram, Caetano Veloso lamentou a morte do amigo.
"Galvão criou e liderou o grupo Novos Baianos, acontecimento que se coloca entre os que mudaram o rumo da história do Brasil. Sendo de Juazeiro, atraiu João Gilberto para a casa coletiva em que viviam os membros do grupo. E isso definiu o caminho rico que se pode resumir no álbum Acabou Chorare mas que se desdobrou em muito mais", escreveu o artista em publicação no Instagram.
Vamos sentir saudade dele - e também celebrar a peculiaridade de sua pessoa. Tenho a honra de ter sido parceiro dele em ao menos uma canção sobre O Farol da Barra. Num barzinho do Campo Grande a dupla era Moraes e Galvão. Depois se multiplicaram em Baby e Pepeu e Dadi e tantos mais. Os dois já se foram, mas seu legado mantém o país capaz de muito mais do que parece. Caetano Veloso
O ator Lúcio Mauro Filho contou a sua relação com Galvão a partir de como conheceu a banda e como ela o inspirou a escrever seu primeiro musical, Novos Baianos, e destacou como recebeu a notícia, nesta madrugada.
Hoje, durante o show dos Gilsons, com o Bala Desejo, em pleno Circo Voador, pouco depois de Galvão ter sido homenageado com uma linda execução de Suingue Campo Grande, veio a notícia de sua partida. Eu caí num choro redentor que não sei nem explicar e cá estou sob esse efeito. E assim permanecerei até o fim da minha existência: Sob o efeito da poesia de Galvão. Minha gratidão eterna ao mestre.
Lúcio Mauro Filho, ator
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