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Tony Ramos diz que teve pai ausente: 'Não cometeu pecado, a vida fez isso'

Tony Ramos lembrou infância com pai ausente - Reprodução/Globoplay
Tony Ramos lembrou infância com pai ausente Imagem: Reprodução/Globoplay

Colaboração para Splash, em São Paulo

29/10/2022 09h07

Em entrevista ao "É de Casa" (TV Globo), Tony Ramos lembrou sua infância, o casamento com sua esposa e o início de sua carreira. O ator contou que cresceu sem a presença paterna e seu salário atrasava até quatro meses.

"Com cinco anos de idade, eu morava na capital paulista. Minha mãe tinha que trabalhar, e, já desde esse período, o casamento dela não vinha muito bem com o meu pai. Àquela altura eles se separaram, eu fiquei muito protegido pela minha avó e minha mãe", começou Tony.

O ator, porém, mostrou não ter rancor: "É uma realidade que aconteceu, não houve muita presença do meu pai na minha vida. Anos depois é que ele apareceu um pouco mais, mas isso não era pecado. Ele não cometeu nenhum pecado, a vida fez isso".

"Foi assim, com duas mulheres fortes, vigorosas, não podiam dar bens materiais, não havia nada disso, mas havia um grande afeto e respeito. E por isso que eu vi a importância da mulher na vida cotidiana dentro de uma família".

Casamento

Tony casou aos 21 anos, e disse que, na época, a família de sua mulher estava relutante com a união. "É uma decisão difícil, não pense que tudo foram flores. A família dela ficou preocupada, ela tinha todo o conforto. 'E esse cara vai levar essa menina para onde? Ator? No Brasil?'. É natural que ficassem preocupados, né?".

"Quando eu olhei aquela moça, eu falei: 'Vixe Maria! Que moça linda'. Isso é paixão, né? Depois vem amor, a vontade de estar junto, querer construir uma família com aquela pessoa. E lá se vão 53 anos que estamos casados".

Carreira

O artista foi questionado se conseguiu superar algum momento com a fé. Tony confirmou e citou o início de sua vida profissional: "Alguns momentos, até materiais. Não estava recebendo direito na televisão onde eu trabalhava, a saudosa e querida TV Tupi. Chegava-se a quatro meses o atraso salarial".

"Eu fazia teatro à noite e dublava também filmes para a televisão. Então tinha três empregos e o salário não vinha. E a gente ficava apavorado. Eu não fiz promessa, não fiz nada. Eu apenas, uma noite, disse: 'Preciso mudar esse meu ritmo de trabalho. Meu Deus, me aponte um caminho'. Não deu 40 dias, recebi um telefonema que a TV Globo queria conversar comigo. O resto é história".