Anitta desabafa sobre afastamento das redes, eleições e boato de depressão
Depois de um tempo afastada das redes sociais, Anitta se pronunciou sobre as eleições e os boatos de que estaria com depressão. A cantora afirmou que está bem e pediu para que, independentemente de quem seja eleito presidente hoje, haja união e respeito entre os brasileiros. Anitta já declarou seu apoio a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em diversas ocasiões.
Em seu Instagram, a carioca gravou um vídeo, dizendo: "Eu não tenho olhado muito as redes sociais já tem pouco mais de um mês. E muita gente vive especulando, né? Gente, não estou em depressão. Estou feliz, plena, bem".
"E eu vim aqui principalmente porque utilizaram o meu sumiço e esse momento em que eu estou precisando ficar mais comigo mesma pra fazer política. Eu não mudei minha intenção de voto, eu continuo achando e concordando que o meu voto precisa ser o mesmo que eu já tinha feito no primeiro turno. Acredito que o amor precisa vencer".
Brigas por política
A cantora, que veio ao Brasil para votar, voltou a lamentar as "guerras políticas". "Eu fiquei fora da internet por uns motivos, aconteceram algumas coisas na minha vida e eu quis muito abraçar minha família. E eu lembrei do último momento em que estive com eles e só tinha brigas políticas. Nossos momentos se limitaram a discussões, ofensas, gritarias. E aí eu pensei: 'Nossa, é isso o que a gente está virando, né? O que o país está virando'".
"As pessoas estão se agredindo na rua, se matando. Eu queria ter o direito de chegar em casa e amar as pessoas da minha família, independente de quem elas vão votar. Porque eu os amo. E eu queria que essas pessoas me amassem com a minha decisão de voto. Quando a sociedade se separa assim, só quem ganha é o poder. Porque aí a gente pensa com medo".
Apreensão com resultado das eleições
Anitta se mostrou preocupada com o resultado das eleições, mesmo que dê vitória a Lula. "Hoje, se o candidato em quem eu votei ganha, o meu medo é o outro lado sair na rua, matando todo mundo, botando fogo nos lugares. Isso é tão perigoso, tão triste. E, se o outro lado ganha, uma população inteira se sente humilhada, escravizada".
"Eu sei que o que estou falando é muito difícil de acontecer, das pessoas se unirem e pensarem que a gente precisa de todo mundo. A gente precisa de todas as pessoas e eu queria muito que a sociedade se acalmasse, respirasse. Porque toda atitude que a gente toma na reatividade, no nervosismo, só traz coisas pesadas pra nossa vida".
"O que eu desejo, hoje, é que o Brasil se una. Independente do resultado. Eu gostaria muito que a pessoa em quem eu votei ganhasse. Acho que o Brasil precisa de amor, mas, infelizmente, se não ganhar, espero que a gente consiga ser feliz. Espero que, quem ganhou, não tente humilhar quem perdeu. Ou matar, atear fogo".
Fim da polarização
A artista pediu que pessoas de opiniões diferentes consigam conversar, e disse querer que não haja uma divisão política tão extremista. "O meu desejo, neste momento, é que não tenha lado. 'Ah, você está em cima do muro?'. Não, estou quebrando muro. Quero que não tenha muro".
"Imagina se você está muito doente e vem um médico te salvar, e esse médico tem uma opinião diferente da sua. Você vai desistir de viver porque a pessoa que pode te salvar pensa diferente? Ou você, que pode salvar aquela pessoa, vai desistir de salvar uma vida porque aquela pessoa pensa diferente de você? Isso é o contrário de tudo o que Deus prega".
"O nosso inimigo vence quando ele faz a gente se tornar a imagem e semelhança dele por dentro. Então, se a gente odeia tal pessoa porque essa pessoa planta o ódio e agressividade, a gente está com os mesmos sentimentos. E aí o inimigo venceu, porque a gente virou isso. Se você virou, né? O ideal é a gente não virar isso", ressaltou.
"Se você prega sobre Deus, família, união, Brasil... O Brasil somos todos nós. Somos 200 e tantas milhões de pessoas. Então, se o Brasil está acima das coisas, todas as 200 e tantas milhões são importantes. Não só as que pensam igual a você. Eu fui católica por sete anos, e, por sete anos, ouvi que a gente tem que se amar. Nunca ouvi que a gente tem que apontar arma pra ninguém", disse, possivelmente se referindo à deputada Carla Zambelli, que apontou arma para eleitor de Lula em São Paulo, na véspera das eleições.
"Eu quero ter o direito de amar, admirar, abraçar o meu familiar ou o meu amigo que vota diferente de mim. Quero ter o direito de chegar em casa e abraçar essa pessoa. E não ter medo de alguém descobrir que essa pessoa vota diferente e me julgar. E eu queria ter o direito de ser amada também, queria ter o direito do meu trabalho ser admirado independente de quem eu vote", concluiu.
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