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Ex-BBB Gizelly Bicalho denuncia agressões após comemorar eleição de Lula

Gizelly Bicalho faz registro de ocorrência na delegacia - Reprodução/Instagram
Gizelly Bicalho faz registro de ocorrência na delegacia Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para Splash, no Rio de Janeiro

31/10/2022 17h08

A ex-BBB Gizelly Bicalho, de 31 anos, diz que foi agredida verbalmente, na noite de ontem, em seu condomínio em Vitória, no Espírito Santo, após comemorar a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência da República.

"Minha segunda-feira começou na delegacia, mas não foi atuando como advogada. Fui vítima de violência! Ontem, sofri violência no meu condomínio (Grand Park), um casal de senhores me agrediram verbalmente. O motivo? Ser mulher, ser de origem pobre e ser da roça", começou ela, que publicou stories no Instagram.

"Essa ocorrência é por mim, por você mulher que está lendo essa mensagem. São por todas as mulheres do Brasil", disse.

Já em seu condomínio, Gizelly afirmou que esta não foi a primeira agressão que sofreu onde mora. "Essa é a segunda, e a 1ª foi quando saí com uma roupa ousada para ir para o Vital em setembro. Pegaram prints da minha roupa e jogaram no grupo das mulheres do prédio. Me chamaram de puta, vagabunda, prostituta e que os maridos não podiam me ver daquela forma. Deixei passar porque eram mulheres que falaram atrocidades com outra mulher, sendo machistas. Só que agora foi pior", desabafou.

No caso da segunda agressão, Gizelly comemorava a eleição de Lula no condomínio, mas foi interrompida por um casal que a atacou verbalmente.

Uma delas disse: "Paraíba, não tem apartamento para morar". Então Gizelly respondeu: "Eu tenho dois, amor. E você que está pagando o seu ainda?".

"Um casal de idosos veio na minha direção, o senhor visivelmente ia me bater, me chamou de burra e a senhora me chamou de Paraíba e disse que não tinha lugar para morar", afirmou.

Ela disse que o homem desistiu de ir atrás dela quando seu namorado, Thalles, chegou no local. "Ele parou de vir quando Thalles apareceu. Porque o homem respeita outro homem e não respeita uma mulher", destacou.

Em seguida, ela afirmou que, diante dos ataques, ela decidiu por fazer um registro contra o casal de idosos. "Dei uma resposta, não que ela merecia porque tinha que estar presa, por tantos crimes que cometeram. Hoje, parei meus compromissos para ir até a delegacia para registrar ocorrência. Chega, isso não vai ficar assim".

"Eles não aceitam que eu vim do Córrego da Boa Sorte, em Iúna, no Espírito Santo, e hoje moro em um condomínio de classe média. Sou crescida com pé todo rachado, cheia de bicho de pé, estudei, conquistei minhas coisas e hoje moro nesse apartamento", acrescentou ela.

A ex-BBB ressaltou que sente orgulho de sua origem, que foi atacada pela mulher. "Eu tenho orgulho de ser da roça, orgulho de ser ex-BBB, ser mulher, filha de mãe sem diploma universitário e pai que só tinha a 4ª série. Venci! Prezando pela integridade física fiz o registro. Vamos entrar agora com a queixa-crime, eu preciso prezar por mim. Eu moro no condomínio desses senhores e eu não sei o que eles podem fazer comigo", afirmou.

Ela também disse esperar posicionamento do condomínio e que pediu imagens das câmeras para registrar na ocorrência aberta na delegacia. "Aguardando a manifestação do condomínio, uma vez que a agressão verbal aconteceu aqui dentro", disse.

Mais cedo, ela compartilhou outra situação nas ruas de Vitória um pouco antes da primeira. "Apoiador do Bolsonaro tentando atacar e bater no Paulo também por ser gay. Começou querer a me agredir verbalmente", afirmou.