Um ano após morte de Marília Mendonça, investigação segue sem conclusão

Amanhã, o acidente aéreo que matou Marília Mendonça completa um ano. Além dela, estavam na aeronave quatro outras vítimas: o piloto, Geraldo Martins de Medeiros, o copiloto Tarciso Pessoa Viana, o produtor da cantora, Henrique Bahia, e o tio e assessor da sertaneja, Abiceli Silveira Dias Filho.

Em coletiva de imprensa realizada na manhã de hoje, a Polícia Civil de Minas Gerais explicou que a investigação sobre o motivo do acidente ainda não tem conclusão e que aguarda laudos do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).

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De acordo com o delegado responsável pelo caso, Ivan Lopes, a investigação confirmou que o avião colidiu com a rede de energia elétrica antes de cair em um curso d'água de Piedade de Caratinga (MG), a 309 km de Belo Horizonte.

No local onde aconteceu o acidente, a sinalização das linhas de energia não é obrigatória — desde março deste ano, está em tramitação um projeto de lei que muda essa diretriz.

A perícia no corpo do piloto também não indicou a presença de qualquer substância que pudesse alterar seu estado de consciência ou causar algum problema de saúde que levasse à perda do controle da aeronave, como um mal súbito.

Os investigadores ainda aguardam os laudos do Cenipa que definirá se houve falha no motor do avião. Caso o documento descarte essa possibilidade, a polícia vai trabalhar com a hipótese de falha humana.

O acidente

No dia 5 de novembro de 2021, uma queda de avião foi registrada por volta das 15h30, em Piedade de Caratinga (MG), a 309 km de Belo Horizonte. No voo, morreram a cantora Marília Mendonça, o produtor Henrique Bahia, o assessor e tio da cantora, Abiceli Silveira Dias Filho, o piloto Geraldo Martins de Medeiros e o copiloto Tarciso Pessoa Viana.

O avião estava a 2 km do aeroporto onde iria pousar quando caiu, em um local de difícil acesso.

A aeronave teria atingido o cabo de uma torre de distribuição de energia elétrica antes de cair em um curso d'água, segundo a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), que administra o fornecimento de eletricidade na região. O acidente é investigado pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) e provocou a interrupção de acesso à energia elétrica para 33 mil pessoas.

O avião saiu de Goiânia com destino ao aeroporto de Caratinga (MG), onde Marília Mendonça faria um show para 8.000 pessoas. O restante da banda fez o trajeto de ônibus e já aguardava pela cantora na cidade.