Com diretor 'vovô', Millie Bobby Brown conseguiu salvar 'Enola Holmes 2'
A irmã de Sherlock Holmes está de volta em "Enola Holmes 2", novo filme da Netflix que chega hoje à plataforma. Estrelado por Millie Bobby Brown, a eterna Eleven de "Stranger Things", o primeiro longa foi lançado em 2020 e foi um sucesso de audiência. Agora, com o segundo, ela volta ao personagem da jovem detetive.
Dirigido pelo britânico Harry Bradbeer, já veterano na indústria do entretenimento (sua primeira produção foi lançada em 1994), mas de idade não revelada, "Elona Holmes 2" contou com Millie Bobby Brown não apenas como estrela e produtora, mas também como uma consultora para a direção.
"Ela foi um ótimo guia para entender o que será compreensível para uma pessoa mais jovem", contou Bradbeer a Splash. Por ser um homem já mais velho e se tratar de uma produção voltada ao público mais adolescente, ter o aval da atriz era necessário. Ela é quem dizia se alguma piada ou referência faria sentido.
"Parece certo, uma vez que queremos contar essa história para pessoas no final da adolescência e início dos 20 anos. Para mim, ela é como um guia para essa geração."
Para o diretor, trabalhar com Millie Bobby Brown é como andar em uma montanha-russa. "Ela vem com muita energia e instintos. E eu amo isso."
"Eu amo pessoas que me trazem coisas novas, que me surpreendem e fazem ações diferentes. É maravilhoso ver a forma como ela se conecta com os fatos e com as pessoas. Ela se sente muito próxima de Enola e de sua experiência."
A Splash, a atriz conta que vê a ligação dos jovens com a personagem nas conversas com os fãs. "A evolução dela tem sido incrível, e vê-la crescer com o público é uma honra, tenho muita sorte."
O segundo filme
No primeiro longa, acompanhamos Enola Holmes em uma jornada para encontrar sua mãe, Eudoria Holmes (Helena Boham Carter). Como ela é irmã do famoso Sherlock Holmes, interpretado pelo Heny Cavill, o atual Super-Homem da DC, ela utiliza de boas habilidades para resolver o mistério. Agora, no segundo, ela investiga o sumiço de uma jovem, que pode estar ligado a uma grande conspiração.
"Foi um desafio encontrar o meu caminho de novo, colocar novamente os sapatos de Enola, ligar meu cérebro de volta", conta Millie Bobby Brown sobre voltar à produção. "Porque não há um personagem que eu use tanto o meu cérebro como com ela. Com ela, eu preciso me manter empolgada e esperta. Sinto como se eu tivesse que ser uma detetive um dia."
Eu seria uma ótima detetive
Millie Bobby Brown
Para a protagonista, foi o mental que tornou a continuação um desafio, pois, segundo conta, já estava familiarizada com cenas de lutas e outras que exigissem de seu físico. "Desta vez, consegui me divertir muito mais. Não digo que sei lutar, mas eu conheço alguns movimentos sim."
Quanto à parceria com Cavill, a atriz foi sucinta: "Ele é um ótimo parceiro de cena e nós nos comunicamos muito bem."
A cidade
Já para Harry Bradbeer, o maior desafio de "Enola Holmes 2" foi trazer para a tela uma Londres de 1880. "Tivemos que montar um filme na cidade, o que, do ponto de vista de design, foi um grande dificuldade."
"Há muito poucas ruas e edifícios que conseguimos utilizar, então tivemos muito trabalho e usamos CGI. [...] Você quer que as pessoas esqueçam que estão assistindo a um filme. Você quer que as pessoas sintam como que o século 19 foi colocado em uma garrafa que foi aberta na tela."
Produtora
Além de protagonista, Millie Bobby Brown é também produtora do segundo longa, assim como aconteceu no primeiro. Para a atriz, é preciso diferenciar as duas funções para não confundi-las.
"Pode ser muito difícil, porque às vezes estarei falando como artista e não como produtora. E, em outros dias, eu tenho que mergulhar na história, no enredo e nos arcos dos personagens e em seus desenvolvimentos, então eu realmente foco nisso."
O primeiro filme foi o meu teste para que agora, no segundo, eu pudesse realmente gostar de ser produtora.
Fleabag
Harry Bradbeer tem uma vasta lista de produções e uma das que mais se destaca é "Fleabag", a premiada série da BBC, criada e estrelada por Phoebe Waller-Bridge.
Assim como os títulos de Enola Holmes, "Fleabag" aborda temas femininos e a solidão de suas protagonistas, que se utilizam da quebra da quarta parede - recurso no qual o personagem conversa com o público - para se sentirem ouvidas.
"Quando quebram a quarta parede, muitas vezes não dizem a verdade. Por isso, com as duas, temos que adivinhar o que realmente está por trás da máscara. Claro que Enola é um pouco menos enganadora do que a Fleabag, e cada uma delas nos traz para a história de uma maneira diferente."
Para o diretor, as comparações entre as duas também fazem sentido quando analisamos seus sentimentos. "Ambas as personagens são muito na defensiva emocionalmente. Elas acham que estão bem. Elas não querem que as pessoas as ajudem, não querem que as pessoas saibam, realmente, qual é a dor que elas sentem por dentro."
Assim, Bradbeer entende "Enola Holme 2" como um filme sobre "a coragem de estar com os outros e pedir ajuda". "É um assunto bastante relevante hoje."
E depois?
Millie Bobby Brown está em um dos melhores momentos de sua carreira e, ao que tudo indica, continuará atuando em produções cada vez mais importantes.
Ao ser questionada sobre o que falta para se sentir completa profissionalmente, faz mistério: "Eu sempre penso no meu papel dos sonhos. Mas acho que só posso manifestá-lo no meu particular, porque pode não se tornar realidade."
Quanto a um possível "Enola Holmes 3", a produtora acredita que são grandes as chances de acontecer.
"Eu espero que a Netflix queira mais um. Ela tem me deu oportunidades maravilhosas no passado e eu só pode esperar que eles confiem em mim mais uma vez para fazer outro longa", finalizou.
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