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Pais de Gabby Petito culpam polícia de Utah pela morte da filha

Gabby Petito faleceu em novembro do ano passado - Reprodução/Instagram
Gabby Petito faleceu em novembro do ano passado Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para Splash, em São Paulo

04/11/2022 09h54Atualizada em 04/11/2022 10h23

Os pais de Gabby Petito, influenciadora que morreu ano passado, culparam a polícia de Utah, nos Estados Unidos, pela morte da filha e estão processando em US$ 50 milhões (Aproximadamente R$ 256 milhões na cotação atual).

Em entrevista coletiva ontem, Nichole Schmidt e Joe Petito alegaram que Gabby estaria viva se o Departamento de Polícia de Moab não tivesse manipulado mal a interação de 12 de agosto de 2021 com ela e o noivo Brina Laundrie, que a matou algumas semanas depois.

Segundo a revista People, o processo afirma que a polícia falhou com a influenciadora. "A família gostaria que eu enfatizasse que o objetivo deste processo é honrar o legado de Gabby, exigindo responsabilidade e trabalhando por mudanças no sistema para proteger as vítimas de abuso doméstico e violência e prevenir tais tragédias no futuro", disse o advogado James W. McConkie durante a conferência, capturada pela Fox 13 News.

O advogado Dick Baldwin contou que a ação movida contra a polícia ainda acusa eles de "identificiar erroneamente Brian como vítima neste casso, quando claramente não era" no incidente de 2021.

Os pais da Gabby ainda argumentam que a polícia "procurou intencionalmente brechas na lei de Utah para poder evitar a aplicação de leis não discricionárias no estado".

Testemunhas não identificadas declararam que o oficial de Moab, Eric Pratt, era um suposto "abusador doméstico que abusou da autoridade e ameaças de violência para controlar e intimidar parceiros sexuais, deixando claro por que o oficial Pratt foi fundamentalmente tendencioso em sua abordagem à investigação: identificando-se com o agressor de Gabby, ignorando a vítima e seus ferimentos e procurando intencionalmente brechas para contornar os requisitos da lei de Utah e seu dever de proteger Gabby".

Entenda o caso

Gabby e Brian viajavam juntos pelos Estados Unidos em uma van, mas ele voltou para casa sozinho no dia 1º de setembro do ano passado. No dia 11 de setembro, o jovem registrou o desaparecimento da noiva.

No mesmo mês, dia 19, o corpo da influenciadora foi encontrado no Parque Nacional Grand Teton, em Wyoming, nos EUA. De acordo com os médicos, ela estava morta há cerca de quatro semanas antes de ter sido encontrada. A autópsia inicial informou que Gabby foi estrangulada.

Com isso, o noivo se tornou o principal suspeito pela morte da jovem. No entanto, durante as investigações, ele desapareceu. À época, os pais de Brian não comentaram muito a respeito da investigação e apenas afirmaram que o filho tinha saído para uma caminhada no dia 14 de setembro, mas não retornou para casa.

Após o sumiço do jovem, restos mortais de Brian foram descobertos no Parque Ambiental Myakkahatchee Creek, na Flórida, em 20 de outubro. Após investigações, a polícia concluiu que ele cometeu suicídio com um tiro e o corpo foi comido por crocodilos.