Paul McCartney morreu? Bolsonaristas usam cantor em fake news sobre sósia
Uma nova teoria tem circulado em grupos bolsonaristas nos últimos dias, sugerindo que o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi substituído por um sósia por pessoas que querem tomar o país. A fake news menciona o caso do astro do rock Paul McCartney que teria morrido em 1966 e substituído por um sósia chamado Billy Shears, que se passa por ele até hoje.
Há muitos e muitos anos, antes mesmo da Internet, existe essa teoria de que Paul McCartney já teria nos deixado há algum tempo.
Paul McCartney é um dos nomes mais conhecidos da história do rock e a posição dele como astro se manteve intacta desde que os Beatles se separaram em 1970. No entanto, ao lado da icônica fama do músico, existe uma corrente que acredita que o Paul que continua lotando estádios atualmente não é o verdadeiro.
Acidente trágico
Segundo uma teoria muito conhecida, Paul McCartney, na verdade, morreu no dia 9 de novembro de 1966, depois dele ter sofrido um acidente de carro. A história diz que o músico teria sido decapitado, perdido um olho e a maioria dos dentes. O boato ficou conhecido como "Paul is dead" (Paul está morto, em português).
Na época, repórteres tentaram entrar em contato com os Beatles para obter respostas. A WMCA de Nova York entrevistou Ringo Starr, Derek Taylor, Neil Aspinall, Iain Macmillan (fotográfo), o barbeiro de McCartney e integrantes do grupo Apple Trash.
"Se as pessoas vão acreditar, vão acreditar. Só posso dizer que não é verdade", disse Starr.
Os teóricos acreditam que John Lennon, George Harrison e Ringo Starr se preocuparam como a morte de McCartney poderia impactar o sucesso estrondoso dos Beatles, por isso, decidiram encobrir a morte e substituir o músico por uma pessoa muito parecida com ele, Billy Shears.
A data da tal substituição casa com o momento em que os Beatles pararam de se apresentar ao vivo, o que corroboraria ainda mais a teoria. Shears teria apenas que aparecer como McCartney em fotos e vídeos, sem ter que necessariamente cantar e tocar. Mesmo assim havia um problema: ele seria cerca de 5 centímetros mais alto do que o verdadeiro e falecido artista.
Pistas deixadas pelos Beatles
De acordo com os adeptos da teoria, Lennon, Harrison e Starr começaram a se sentir culpados e começaram a deixar pistas da morte de McCartney nas capas dos discos da banda. Segundo eles, a capa do icônico disco Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, lançado em 1967, é uma dica quando afirmam que a imagem recheada de figuras não é apenas uma reunião, mas sim, um funeral.
Os fãs que acreditam na teoria também começaram a buscar pistas nas letras das músicas, se tocadas ao contrário, encontraram coisas como "Paul morreu, ele perdeu sua cabeça", em "Getting Better" e "Eu enterrei Paul" em "All Together Now".
A verdade
Paul McCartney realmente sofreu um acidente na época em que a teoria começou a circular. Ele caiu de moto e quebrou um dente, além de ganhar uma cicatriz na parte superior do lábio. Esse também teria sido o motivo de Paul ter usado um bigode na época de "Sgt. Peppers".
No início, os Beatles se zangaram um pouco com a situação. Mal-humorado, Paul detalhou à Rolling Stone como reagiu ao rumor.
"Disseram: 'Olha, o que você vai fazer sobre isso? É uma coisa grande estourando na América. Você está morto'. E então eu disse: 'deixe que falem'. Será provavelmente a melhor publicidade que já tivemos e eu não vou ter que fazer nada exceto continuar vivo. Então, consegui sobreviver a isso", comentou.
John Lennon ligou para a estação de rádio de Detroit onde tudo começou e desmentiu várias das tais pistas.
Paul Is Live
De forma irônica, em 1993, Paul McCartney lançou um disco ao vivo repleto de provocações a respeito da tal teoria da conspiração, começando pelo título: Paul Is Live, que significa "Paul Está Vivo" e vai diretamente contra a forma como a teoria foi batizada: "Paul Is Dead".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.