Tentativa de invasão: Primavera Sound gerou caos antes de ser internacional
O fim de semana marca a estreia do Primavera Sound no Brasil. Arctic Monkeys, Travis Scott, Björk e Lorde estão entre as principais atrações do festival de música realizado no Distrito Anhembi, localizado na zona norte de São Paulo.
O evento, que nasceu em Barcelona (Espanha), já promoveu apresentações em Madrid (Espanha), Porto (Portugal) e Los Angeles (EUA). Além de São Paulo, também estão previstos festivais em Santiago (Chile) e Buenos Aires (Argentina) durante este mês.
A primeira edição, realizada no Club Apolo de Barcelona, foi preparada para apenas 8 mil pessoas. Após 21 anos, a expectativa em São Paulo é de 55 mil pessoas para cada dia de evento, segundo a produção.
"Eu me lembro com muito carinho, mas já não tem relação com o que é o Primavera Sound hoje. Era centrado em música eletrônica, e agora é muito mais aberto para outros estilos", contou Alfonso Lanza, diretor e um dos fundadores do festival, em conversa com Splash.
Após o sucesso logo no primeiro ano, o Primavera Sound mudou-se para a Poble Espanyol, famosa casa de shows da região espanhola com capacidade para receber 15 mil pessoas. Mas a organização passou a enfrentar problemas no local durante a quinta edição, em 2005.
"Foi caótica. Estava totalmente cheio, e as pessoas tentavam entrar sem os ingressos. Aquilo estava se tornando realmente grande, percebemos ser necessário mudar de local", lembrou.
Desde então, o festival é realizado no Parc de Fórum de Barcelona. Alfonso afirmou que a mudança foi desafiadora para a organização, pois se trata de um espaço afastado do centro da cidade.
"Precisávamos trazer as pessoas naquela época. Mas hoje o local é considerado pequeno para nós, já não cabemos ali", brincou sobre a área que comporta 65 mil pessoas, segundo o site oficial da prefeitura de Barcelona.
Feliz com o retorno do público antes da estreia do festival em São Paulo, Alfonso Lanza desejou que os brasileiros sintam a mesma "paixão pela música" que os espanhóis sempre expressaram desde a criação do evento.
"A chave é manter a nossa identidade. Sobretudo nossos valores, como a igualdade de gênero e a sustentabilidade. (...) É um lugar para se expressar, em que as pessoas possam se sentir cômodas, independentemente de sua orientação sexual ou local em que nasceu", concluiu.
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