Além de Anitta, quais os brasileiros indicados ou vencedores do Grammy
Anitta, 29, chamou atenção ao ser indicada ao Grammy Awards 2023 na categoria "Artista Revelação do Ano" e, com isso, reacendeu a esperança de um artista brasileiro conquistar o prêmio, equivalente a "Melhor novo artista", pela primeira vez entre os latino-americanos em mais de 50 anos.
Antes da cantora, apenas outros quatro brasileiros tinham sido indicados nesta categoria: Eumir Deodato, em 1974, superado por Bette Midler, Astrud Gilberto e Tom Jobim, em 1965, que perderam a estatueta para os Beatles, e Morris Albert, em 1976, que também não levou o prêmio.
No entanto, brasileiros já se saíram vitoriosos no Grammy Internacional em outras categorias desde a década de 1960, quando o gramofone mais cobiçado do mundo consagrou obras brasileiras algumas vezes. Desde a criação do evento, em 1959, alguns brasileiros venceram em ao menos uma categoria do "Oscar" da música — e vários outros foram indicados.
Confira brasileiros indicados e vencedores do Grammy até hoje
- 1959 a 1961 - Laurindo de Almeida
O músico foi o primeiro brasileiro a ser indicado e vencer um Grammy. No primeiro ano da premiação, ele levou o prêmio de "Melhor Engenharia de Álbum Clássico com o projeto "Duets with the Guitar".
Já em 1960, o artista foi indicado a "Melhor Performance Instrumental de Solista", com "Danzas", mas acabou não levando a estatueta para casa.
No ano seguinte, entretanto, a situação mudou e ele venceu nas categorias "Melhor Performance Instrumental de Solista sem Orquestra", com "The Spanish Guitar of Laurindo" e "Melhor Performance de Música de Câmara", com "Conversations with the Guitar".
1965 - Astrud Gilberto
Em 1965, a cantora foi indicada nas categorias "Artista Revelação" e "Melhor Performance Feminina Pop", com "The Girl From Ipanema" (versão em inglês de "A Garota de Ipanema"). Sendo que nesta última ela saiu vencedora.
1965 - João Gilberto
O artista, que morreu em julho de 2019, também foi indicado em duas categorias no mesmo ano em que Astrud — com que foi casado de 1959 a 1964. O músico concorreu ao prêmio de "Melhor Performance Pop Masculina", com "Getz/Gilberto", e venceu na disputa como "Álbum do Ano", pelo mesmo projeto.
1965 e 1966 - Tom Jobim
Um dos criadores da Bossa Nova, movimento que conquistou o mundo na década de 1960, Tom Jobim foi indicado como "Artista Revelação" em 1965, mas perdeu a estatueta para os Beatles. No ano seguinte, porém, o músico venceu como "Melhor Álbum de Lazz Latino" com o disco "Antonio Brasileiro".
1973 e 1974 - Eumir Deodato
O pianista, 79, saiu vencedor como "Melhor Performance Pop Instrumental", em 1973, com "Also Sprach Zarathustra". Em 1974, ele foi indicado na categoria "Artista Revelação".
1976 - Morris Albert
Morris Albert foi indicado na categoria "Artista Revelação", em 1976, mas não levou o prêmio.
1984 - Bidú Sayão e Heitor Villa-Lobos
Em 1984, os dois venceram como "Hall da Fama Internacional" com a composição "Bachianas Brasileiras Nº 5" (1945).
1985 - Roberto Carlos
Em 1985, Roberto Carlos foi indicado a "Melhor Performance Mexicana-Americana" pela versão em espanhol da música "O côncavo e o convexo". Nesse ano, ele não venceu o prêmio — a vitória veio quatro anos depois, quando a categoria já se chamava "Melhor Performance de Pop Latino".
1993 - Sérgio Mendes
O artista de 81 anos levou o prêmio de "Melhor Álbum de Música Global", em 1993, com o álbum "Brasileiro". A categoria, até então, se chamava "World Music" e foi alterada em 2020 para afastar a conotação de colonialismo, mas o princípio se mantém, basicamente, como sendo o de produção musical feita fora do eixo Estados Unidos-Reino Unido, algo semelhante ao que ocorre na categoria "Melhor Filme Estrangeiro" do Oscar.
1995 - Milton Nascimento
O músico, que no domingo (13) fez o último show da carreira, foi indicado pela primeira vez em 1995 na categoria de "Melhor Álbum de Música Global" com o projeto "Angelus". Três anos depois, porém, o artista venceria na mesma categoria, mas com o álbum "Nascimento".
1998 - Caetano Veloso
Caetano, 80, levou a melhor como "Melhor Álbum de Música Global" com o álbum "Livro", de 1998.
1999 e 2006 - Gilberto Gil
Em 1999, Gilberto Gil venceu o Grammy de "Melhor Álbum Contemporâneo de Música Global" com o álbum "Quanta Gente Veio Ver", gravação ao vivo do álbum "Quanta". Ele venceu novamente na mesma categoria em 2006, com o álbum "Eletracústico". Gil foi indicado mais cinco vezes: em 2002, 2008, 2009, 2016 e 2017.
2002 - Alex Klein
O maestro brasileiro Alex Klein, de Porto Alegre, venceu na categoria Melhor Performance Instrumental Solo (com Orquestra).
2008 - Céu
A cantora foi indicada na categoria "World Music" com o disco "Céu".
Luciana Souza
A cantora de jazz acumula sete indicações e uma vitória no prêmio mais importante da música mundial. Em 2008, a artista venceu na categoria "Album Of The Year" com "River: The Joni Letters".
2014 - Trio Corrente
O grupo de samba e jazz paulista Trio Corrente ganhou o Grammy de melhor álbum de jazz latino em 2014 por "Song For Maura", gravado em parceria com o saxofonista cubano Paquito D'Rivera.
2016 e 2017 - Eliane Elias
A pianista venceu duas vezes na categoria "Melhor Álbum de Jazz Latino", nos anos 2016 e 2017, com "Made in Brazil" e "Dance of Time", respectivamente.
2020 - Diego Figueiredo e Cyrille Aimée
Em 2020, eles foram indicados a "Melhor Arranjo Instrumental com Acompanhamento de Voz" pela música ""Marry Me a Little".
2020 - Thalma de Freitas
O álbum "Sorte" rendeu à artista a indicação de "Melhor Álbum de Jazz Latino", em 2020.
Bebel Gilberto
A cantora foi indicada três vezes na categoria Best "Contemporary World Music Album". Além disso, a artista também concorreu na categoria "Best Global Music Album", com o projeto "Agora", na edição de 2021.
2023 - Flora Purim
Anitta não é a única brasileira na lista de indicados da próxima edição do Grammy! A carioca Flora Purim está concorrendo na categoria "Melhor Álbum Latino de Jazz" com o projeto "If You Will".
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