Médica dos famosos: quem é Ludhmila Hajjar, da equipe de transição de Lula
O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin anunciou nesta quarta-feira (16) os nomes de mais integrantes da equipe responsável pela transição do governo Jair Bolsonaro para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Entre os anunciados, está o da cardiologista Ludhmila Hajjar, médica de famosos que chegou a ser cotada para o ocupar o Ministério da Saúde no governo Bolsonaro.
Ludhmila vai fazer parte da comissão de Saúde da equipe de transição de Lula. Também integram essa equipe o médico Roberto Kalil Filho, cardiologista de Lula, os ex-ministros da Saúde Arthur Chioro e Alexandre Padilha, entre outros nomes.
Querida entre os artistas, Ludhmila Hajjar comandou a cirurgia realizada pelo pai da cantora Anitta, Mauro Machado, em junho deste ano. À época, a cantora usou as redes sociais para agradecer as orações dos fãs e seguidores pela recuperação do pai.
"Escolhemos não falar nada antes pois tudo aconteceu muito de repente e tinha uma cirurgia delicada pela frente. Hoje acordamos com boas respostas e só temos a agradecer. Deus do impossível e dos milagres", registrou a cantora no Twitter. Nos stories do seu perfil no Instagram, Anitta compartilhou foto com Ludhmila e a legenda "minha eterna gratidão".
Hoje é um dia mais positivo pra nós depois de uma noite de muita reza. Passada a primeira fase exatamente como os médicos precisavam que fosse, meu pai pediu pra mandar esta foto agradecendo a rede de orações que todos vocês fizeram ontem. pic.twitter.com/49ptUmrQE4
-- Anitta (@Anitta) June 6, 2022
Na linha de frente contra a covid, Ludhmila também foi responsável por ajudar na recuperação de alguns pacientes famosos que sofreram com a doença.
Foi o caso do apresentador Geraldo Luís, que passou 11 dias internado na UTI após contrair o coronavírus. "Depois de Deus, ela! Hoje a médica Ludhmila Hajjar, combatente contra o COVID-19, que me salvou. Sua equipe sempre presente nesses dias em minha vida", agradeceu o jornalista.
A cardiologista também foi responsável pelo tratamento de Edson, da dupla sertaneja com Hudson.
"O encontro, o abraço que precisava para me tranquilizar e ter a certeza que estou vencendo a cada dia! Com o direcionamento de Deus, essas mulheres salvaram minha vida com competência e destreza de um tratamento rápido e eficaz, um cuidado intenso e eficiente hoje estou aqui!", disse o cantor.
Ludhmila ainda acompanha outras celebridades. A cardiologista realizou uma cirurgia cardíaca na mãe de Juliette e também acompanha a comediante Tatá Werneck.
"Às vezes tento entender quantas horas ela dorme, porque em qualquer momento que eu ligue ela está acordada", brincou a atriz, em entrevista à revista Veja.
No meio político, a médica já atendeu autoridades como os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli e Gilmar Mendes e os deputados Arthur Lira (PP-AL), Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Hildo Rocha (MDB-MA).
Quando a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) realizava exames de rotina no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, em 2014, Ludhmila foi filmada cantando e tocando violão para ela. As imagens foram usadas posteriormente por apoiadores de Bolsonaro para atacá-la.
Cargo político
Em março do ano passado, Ludhmilla se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro para analisar a proposta de assumir a pasta da Saúde no lugar do general Eduardo Pazuello.
A médica, porém, recusou o cargo, alegando "motivos técnicos" que a impediriam de se tornar ministra.
"Sou médica, cientista, especialista em cardiologia, terapia intensiva, tenho todas as minhas expectativas em relação à pandemia. O que eu vi, escrevi e aprendi está acima de qualquer ideologia, está em cima de qualquer expectativa que não está pautada na ciência. Essa é minha posição, a posição que vou seguir a vida toda. Pautei minha vida toda nos estudos e na ciência", disse em entrevista à CNN na época.
Diante da recusa, Ludhmilla sofreu ataques nas redes sociais por parte de apoiadores de Bolsonaro e recebeu ameaças de morte.
O médico Marcelo Queiroga foi escolhido para comandar o Ministério da Saúde no governo Bolsonaro.
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