Sem contrato, veja o que os famosos falaram da Globo após demissão

Há algumas décadas, a TV Globo era o sonho da maioria daqueles que desejavam trabalhar com televisão no Brasil.

Maior emissora da América Latina e referência mundial no quesito telenovelas, o canal da família Marinho ainda é líder absoluto de audiência no país, mas mudou sua política de contratação. Cada vez mais a Globo opta por contratos por obra, diminuindo muito o número de artistas permanentes no casting da empresa.

Em uma era digital, dominada pelo streaming e pelas plataformas digitais, a própria Globo se modernizou e, junto com a nova roupagem, deu um basta nas dezenas de contratos exclusivos com nomes consagrados da teledramaturgia e do telejornalismo.

Relacionadas

Orgia, drogas e teste do sofá: famosos expõem os bastidores da Globo

12 famosos adeptos do sexo tântrico, quando penetrar não é o essencial

De Anitta a Luan Santana: os famosos que curtiram e aprovaram o sexo a 3

Muitas personalidades deram adeus à Globo nos últimos anos, pelo menos no formato de contratos exclusivos, hoje restritos a poucas personalidades, entre alguns veteranos e novos rostos da teledramaturgia.

Nesse cenário de demissões no 'plim plim', alguns saíram em clima amistoso com a antiga empregadora e mantiveram as portas abertas para eventuais contratações por trabalho. Outros, porém, alfinetaram o canal e até processaram a empresa.

Carol Castro

Carol Castro ficou no elenco fixo da Globo por 17 anos. Com uma vasta experiência na dramaturgia e personagens de sucesso no currículo, ela viu sua saída da antiga empregadora como uma forma de expandir os horizontes, agora no streaming, com maior autonomia.

Longe da TV aberta, Castro estrelou produções para as plataformas Star+ e Netflix. Nos cinemas, viveu Luma de Oliveira no filme "Eike", cinebiografia do empresário Eike Batista estrelada por Nelson Freitas.

Malvino Salvador

Sem contrato com a Globo após uma parceria profissional de 16 anos, Malvino Salvador também tem se dedicado ao streaming.

Longe dos estúdios da empresa carioca, ele disse a Splash que o mercado "mudou muito, se abriu, está mais competitivo" e isso tem garantido "mais liberdade e oportunidades profissionais".

"Fui privilegiado porque fiz parte de um momento em que eu tinha trabalho, mas muitos atores não tinham oportunidades. Hoje está melhor para todo mundo. Acabou o monopólio da TV Globo, ela segue sendo a potência no que faz, mas outros também estão produzindo", declarou, sem deixar de lado a possibilidade de retornar à emissora.

"Não existir mais o monopólio é vantagem para todo mundo, inclusive para a Globo se aperfeiçoar ainda mais. Espero um dia ter a oportunidade de fazer outros trabalhos lá. Só porque eu saí, não significa que eu não possa voltar", completou.

Maria Zilda Bethlem

A atriz Maria Zilda Bethlem se destacou em produções na Globo principalmente entre os anos 1970 e 1980. Sua última participação em uma novela global foi "Êta Mundo Bom!" (2016). Desde então, ela tem feito algumas revelações sobre os bastidores do canal.

Bethlem queixou-se em uma live em 2020 do valor pago pela empresa por reprises de novelas. Segundo contou, ela recebeu da empresa uma "esmola" no valor de R$ 273 pela reprise de "Selva de Pedra" (1986) no canal pago Viva.

Em outra live, essa ao lado do ator Oscar Magrini, ela falou sobre a suposta prática do "teste de sofá", que seria comum no canal.

"Eu sei muito bem como aquilo funcionava, fui casada com diretor. Não é teste do sofá, não. É teste do c*", relatou.

Nívea Maria

A atriz Nívea Maria construiu uma história de cinco décadas na TV Globo até deixar o quadro de funcionários fixos do canal em março deste ano. Ao longo de 51 anos de vínculos empregatícios, a artista participou de várias novelas e séries no canal.

Nívea Maria colocou um ponto final de forma amistosa no contrato de exclusividade com a emissora. Em entrevista ao site NaTelinha, ela afirmou que sua saída do canal ocorreu de forma "muito respeitosa e carinhosa".

"Com a experiência que eu tenho, sei que esses momentos que acontecem no país levaram a essas mudanças drásticas [na forma de contratação], mas isso não desestabilizou a minha relação com a Globo", declarou, ressaltando que as portas da emissora permanecem abertas, "assim como a da Record, do SBT, da Band".

Humberto Martins

Considerado um dos galãs da TV brasileira nos anos 2000, Humberto Martins é um bom exemplo daqueles que não têm mais contrato de exclusividade com a Globo, mas que ainda são chamados para trabalhos — ele está no elenco da atual novela das 21h, "Travessia".

Entretanto, apesar de ainda ser bem-vindo nos estúdios Globo, ele não deixou de alfinetar a empresa ao afirmar que o streaming "está dando uma espetada no traseiro da Globo".

"[O streaming] é maravilhoso! Está dando uma espetada no 'traseiro' da Globo, igual como faz o Gasparzinho. [A Globo] está tentando se adequar a novas tendências de mercado", disse o ator à Veja.

Maitê Proença, Carolina Ferraz e Tramontina

As atrizes Maitê Proença e Carolina Ferraz já foram consideradas estrelas do mais alto escalão da Globo, até não terem seus respectivos contratos renovados. Posteriormente, elas externaram suas críticas ao canal na Justiça ao ingressaram com processos em que pedem indenizações vultosas.

Proença foi à Justiça contra a Globo em 2018 e pede R$ 500 mil de indenização. A artista pede o reconhecimento dos direitos trabalhistas e do vínculo empregatício, já que seu contrato era por PJ (Pessoa Jurídica) e não CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

Carolina Ferraz, por sua vez, pede uma reparação no valor de R$ 7 milhões.

'Decepção'. Os processos movidos pelas atrizes deixaram o apresentador Carlos Tramontina decepcionado. Em entrevista, o comunicador, que também deixou a Globo, após 44 anos, chamou de "hipocrisia" a atitude tomada por aqueles que saíram da emissora, e então passaram a criticar a antiga empregadora.

"Eu me decepcionei muito [com as atrizes]. Acho o seguinte cara: você ficou 20 anos fazendo o negócio e serviu. Agora não presta? Mas que hipocrisia é essa?! Eu vi outro dia as duas atrizes, a Maitê e a Carolina, agora processam a Globo por direitos trabalhistas, mas quando eram pessoas jurídicas pagavam menos imposto e agora querem recuperar os direitos trabalhistas. [Elas] vão devolver para a Receita o que deixaram de recolher? O que é isso? Acho que criticar, avaliar o trabalho, ter uma visão critica do trabalho faz parte, mas você dizer que aquela empresa que você ficou isso, isso, isso, agora não presta é muito estranho", declarou.