Repórter da Globo agradece apoio após agressão: 'Fiz minha parte'
O repórter Erick Rianelli, da TV Globo Rio, que foi agredido ontem por uma defensora pública aposentada acusada de racismo, usou as redes sociais hoje para agradecer o apoio que recebeu após ser atingido por um tapa durante o exercício da profissão.
"Não sei o que motiva o ódio. Esse sentimento não faz parte da minha vida. Como cidadão e jornalista, fiz a minha parte. Fui à delegacia, relatei o que aconteceu. Recebi um tapa e uma chuva de carinho. Obrigado a todos pelas mensagens e pela preocupação. Sei que não estou sozinho!", escreveu.
O jornalista fazia a cobertura da audiência de Cláudia Alvarim Barrozo, do Fórum de Niterói.
A mulher foi acusada de cometer o crime contra dois entregadores, em abril deste ano, os chamando de "macacos". Dois meses depois a defensora assinou um acordo com o Ministério Público para extinguir o processo, mas por descumprir uma das regras estipuladas, o caso foi reaberto.
No fim da audiência, ao perceber que estava sendo filmada, Cláudia tentou dar chutes e tapas em Rianelli, mas foi contida por seu advogado.
A filha da defensora também agrediu o jornalista, com um tapa no rosto, que chegou a derrubar o celular e os óculos de grau de Erick, que ficou com um ferimento no nariz.
Claudia ainda tentou chutar um repórter do g1, Raoni Alves, que estava no local e derrubou uma placa de ferro do Fórum enquanto era levada para fora do local. Entidades da classe repudiaram a agressão aos jornalistas no exercício da função.
No Twitter, o marido de Erick, Pedro Figueiredo, também repórter da Globo, desabafou sobre o acontecido.
"Todo dia, ao sair para trabalhar, você espera voltar para casa em segurança, com sua integridade física preservada. E que o mesmo ocorra com quem você ama. Hoje o Erick foi agredido durante seu trabalho. A senhora Anna Claudia Alvear Barrozo Azevedo desrespeitou não só o trabalho da imprensa, como a lei. Lesão corporal é crime", escreveu Pedro no Twitter.
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