Sonia Abrão: 'Certeza de que Arthur Aguiar foi boicotado pela Globo'

Ícone do jornalismo de celebridades, Sonia Abrão foi a convidada de Otaviano Costa no "OtaLab" desta semana. À frente do popular "A Tarde É Sua", na Rede TV!, as opinões da apresentadora sempre geram interesse.

Por isso, ao descobrir que Sonia Abrão seria a convidada do programa, o colunista de UOL Chico Barney fez questão de enviar uma pergunta para ela, por meio do colega Lucas Pasin.

"Você acha que a Globo boicotou o Arthur Aguiar depois do 'BBB 22'?", quis saber Chico. Sonia, que foi uma das poucas personalidades a ficar do lado de Arthur Aguiar durante o programa, não precisou pensar duas vezes para responder:

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Eu não acho: eu tenho certeza absoluta de que o Arthur foi boicotado pela Globo. Isso foi muito claro. Quem acompanhou, percebeu isso.

Para a apresentadora, "é como se ele tivesse sido cancelado sem ser, porque o público deu a vitória ao Arthur". O que é incompreensível, em sua opinião. "O motivo [do boicote] eu não sei te dizer, ele também gostaria de saber", disse.

Isso acabou sendo um trauma para ele, uma rejeição muito profunda. Foi uma coisa específica do 'BBB' com ele que até hoje a gente não entendeu. Torço para que as portas se abram novamente para ele.

Sobre Gkay: 'Está serrando o próprio galho'

No "OtaLab", Sonia Abrão e Ota conversaram sobre o jornalismo de celebridades, que muitas vezes já foi menosprezado, e também sobre os riscos que ela vê para a profissão hoje, desvalorizada por publicações inconsequentes nas redes sociais.

"Tem muita gente despreparada tomando conta desses espaços que lutamos tanto para valorizar. Todo mundo resolveu ser crítico de TV. Estão tentando jogar nosso esforço por água abaixo, mas nós somos peça de resistência", avisou.

O colunista Lucas Pasin aproveitou a presença de Sonia no programa para tentar extrair dela três dicas para os famosos fugirem do estrelismo. Ele usou como exemplo as confusões causadas pela influenciadora Gkay durante as gravações de um filme para a Netflix.

Em vão. Para Sonia Abrão, "é muito difícil" que pessoas dadas a esse tipo de comportamento ouçam conselhos.

Quem dá ataques de estrelismo já tem vocação pra isso, já se acha superior e não está nem aí para pisar nos outros. O exemplo da Gkay é retrato consumado desse tipo de pessoa. Não adianta dar dicas. Está queimando o próprio filme, serrando o próprio galho.

A jornalista recorda que, após uma briga com a própria Gkay, até tentou apontar alguns caminhos: "Nós falamos muito: seja mais humilde, bote os pés no chão, tudo é passageiro."

Adiantou alguma coisa? Ela continua fazendo até pior. Que dica você vai dar para uma pessoa dessas? Quem deixa [a fama] subir à cabeça está assinando a própria sentença de fim de carreira.

'A volta de Adriane Galisteu à TV é desastrosa'

No programa, Sonia Abrão comentou as recentes mudanças de apresentadores à frente de programas de grande audiência nas emissoras abertas, como a saída de Fausto Silva da Globo para a Band e Adriane Galisteu no comando da "Fazenda".

"Eu acho que essa dança de cadeiras é sempre saudável para a TV. Mexe com o mercado e renova os próprios profissionais, eu acho interessante", disse.

Sonia não poupou elogios a Luciano Huck ("era questão de tempo emplacar no domingo da Globo"), Marcos Mion ("ele já foi pronto para a Globo") e Faustão ("está acima de qualquer televisão"). A exceção foi Galisteu, que substituiu Mion à frente do reality da Record.

Acho muito ruim. É uma volta muito desastrosa de alguém que não está emprestando sua personalidade à função. Está teleguiada pelo [diretor Rodrigo] Carelli e na pior temporada da história da 'Fazenda'.

Sonia estendeu suas críticas à edição do reality, que ela considera lamentável:

Decidi não comentar. Está abaixo da crítica. Não quero entrar nesse universo, me recuso a entrar nesse baixo nível.

Experiência sobrenatural com o primo Chorão

No papo com Otaviano Costa, Sonia Abrão contou uma história que mostra, segundo ela, como "laços de amizade, amor familiares transcendem a morte". A apresentadora é prima do cantor e compositor Chorão, líder da banda Charlie Brown Jr, morto em 2013.

"No meu quarto eu tenho uma estante. E o Charlie Brown Jr. sempre foi a paixão do meu filho. Ele tinha um boné da Família 13, que o Chorão usava muito, e ficava pendurado numa quina da estante", explicou.

Em 6 de março de 2013, Sonia estava no quarto, com as janelas fechadas, quando viu o boné cair da estante. Mas não foi uma queda comum.

Não tinha corrente de ar, mas o boné se desprendeu e veio caindo, como se fosse em câmera lenta, até o chão. Fiquei gelada e impressionada com aquilo. Era como se ele estivesse de fato ali.

De madrugada, ela recebeu um telefonema do marido: "Soube do Chorão?". "Achei que ele havia sido preso, porque já tinha se metido em briga outras vezes. Mas era a notícia da morte dele", contou, emocionada.

Essas coisas marcam e impressionam, mas ao mesmo tempo elevam o nosso espírito, porque tiram a gente do sofrimento terreno e nos deixam esperança de que o reencontro vai acontecer em algum outro plano.

OtaLab

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