Garotinha de 'ET', Drew Barrymore se viciou em cocaína aos 12 anos

"Não sei como vim parar aqui, mas nunca vou esquecer da sorte que tenho." É assim que Drew Barrymore, 47, resumiu sua vida ao falar de sua conturbada história. A atriz se tornou conhecida internacionalmente aos sete anos ao estrelar "E.T. - O Extraterrestre", no entanto, a fama a levou por caminhos considerados nocivos para qualquer adulto, imagine então para uma criança da sua idade.

Nascida em 22 de fevereiro de 1975, em Culver City, California, Barrymore é filha dos atores John Drew e Jaid Barrymore. Seus padrinhos eram a atriz Sophia Loren e o cineasta Steven Spielberg. Estar envolvida desde tão cedo com Hollywood foi o que a levou para o caminho do abuso de drogas e álcool.

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Quando Drew tinha apenas seis meses de vida, seu pai saiu de casa e deixou Jaid sozinha com a bebê, por isso, a relação dos dois é quase inexistente.

Seus trabalhos começaram pouco tempo depois, aos onze meses, quando apareceu em um comercial de comida para cachorro. Sua estreia no cinema aconteceu em 1980, no filme "Viagens Alucinantes", mas foi apenas em "E.T" que a fama chegou. O longa foi uma das maiores bilheterias da história do cinema da década de 1980 e a tornou uma das atrizes mirins mais conhecidas da época. Barrymore chegou a ganhar o prêmio Young Artist Award de Melhor Atriz Coadjuvante e se tornou a pessoa mais nova a ser apresentador convidado de " Saturday Night Live".

Se a carreira decolava, sua vida pessoal começava a desandar. Já aos sete anos, sua mãe a levava à Studio 54, uma famosa boate em Nova York, onde a jovem atriz começou a usar drogas. Com nove anos, Barrymore se intitulava como uma "garota festeira" e saía para beber cinco dias por semana.

Com 12 anos, a artista já usava maconha e estava viciada em cocaína.

Minha mãe não me deixava comer doce. Studio 54, maconha e álcool, tudo bem, mas não toque nesse doce.
Drew Barrymore no programa 'Drew's News'

Em entrevista ao The Sun, Drew contou que foi descartada pelos grandes diretores de cinema quando descobriam de sua relação com drogas. "Me trataram como mercadoria danificada."

Ela foi internada na reabilitação aos 13 anos, e passou dezoito meses em uma instituição para doentes mentais. Os problemas foram se agravando em sua vida e, aos 14 anos, tentou se matar. Depois, foi encaminhada novamente a uma clínica de reabilitação.

Drew foi emancipada aos 15 anos e se mudou para o seu próprio apartamento em West Hollywood. Todo esse período foi contado na biografia de 1990 "Little Girl Lost", ou "Pequena Garota Perdida" em tradução livre para o português. No livro, diz que a mãe sempre foi uma má influência e nunca havia demonstrado amor.

Dois anos depois, aos 17, ela conseguiu um papel no filme "Relação Indecente" (1992), seguido por "Quatro Mulheres E Um Destino" em 1994.

Drew conta com quase 60 filmes em sua filmografia, como "As Panteras" (2000), "Pânico" (1996), "Nunca Fui Beijada" (1999) e "Afinado no Amor" (1998). Em 1995 ela abriu a sua própria produtora, a Flower Films.

Hoje em dia, ela diz que a melhor coisa que aconteceu em sua vida foram suas filhas, Olive e Frankie.

Em entrevista ao "Norm Macdonald Has a Show", a atriz falou se sente falta de usar drogas. "Não, meu Deus. Faz muito tempo, mas não. Nada me deixaria mais em pânico e parece ser o maior pesadelo", disse.

"Eu bebo, aproveito minha vida e saio do meu normal. Não é que me tornei uma militante. Resolvi minhas merdas aos 14 anos. Crises, rejeição, sem família. Resolvi. E aí iniciei o ciclo de me virar sozinha, sem pais", finalizou.