Sarah Oliveira: 'O Nick Carter do Backstreet Boys já deu em cima de mim'
Para quem cresceu assistindo à MTV Brasil no início dos anos 2000, Sarah Oliveira é um ícone e uma referência. Ex-VJ da emissora, à frente de programas como "Disk MTV" e "Luau MTV", a jornalista, radialista e apresentadora foi a convidada do "De Lado com Fefito" desta semana.
Na conversa, não faltaram reminiscências do período de Sarah na emissora, onde ficou de 2000 a 2005. "Você entrevistou muitos ídolos adolescentes. Eles davam muito em cima de você?", perguntou o apresentador.
"Eu sempre fui a BFF de todo mundo. Sou aquariana", riu Sarah. Mas teve, sim, um astro internacional que se encantou por ela: Nick Carter, da boyband Backstreet Boys.
Teve aquele menino, o Nick. Ele mandou umas flores pra mim no hotel, a "Capricho" descobriu, saiu na revista.
Boa tentativa, Nick. Mas não colou. "Eu não fiquei com o Nick. Na época, eu namorava um cara gato - aliás, mais gato do que ele."
'Jon Bon Jovi já me mandou à m...!'
Depois de sair da MTV, Sarah Oliveira trabalhou na Globo, onde foi repórter do Video Show entre 2006 e 2009. De 2010 em diante, passou a idealizar, produzir e apresentar programas próprios, como o "Viva Voz", na GNT, a websérie "O Nosso Amor A Gente Inventa", em seu canal no YouTube, e o programa "Minha Canção", na rádio Eldorado, em São Paulo.
Com centenas de entrevistas no currículo, Fefito quis saber qual foi a mais complicada. "Você pegou algo como uma Madonna com a Marília Gabriela?". Sarah chegou perto disso:
Não, mas eu peguei o Jon Bon Jovi me mandando ir à m...!
Como assim, Jon Bon Jovi? A apresentadora fez seu mea culpa. "Eu fui muito petulante. Perguntei o que ele estava achando das novas bandas da época, como Strokes e The Hives, que faziam um 'rock menos comercial'... Ele tinha razão."
Sarah lembrou que sua época de "Video Show" também não foi fácil.
Na Globo peguei uns atores mais bravos. Gente chata, gente sem paciência, mas gente muito maravilhosa também.
Em seus programas na TV fechada ela não passa mais por isso. "No GNT só entrevisto quem eu amo, não tenho mais esse problema", riu.
'Acho que hoje faltam referências para os jovens'
Aos 43 anos, e há 20 anos trabalhando com cultura jovem, Sarah Oliveira observa mudanças no comportamento das novas gerações.
"Qual é a maior diferença que você vê entre a geração da sua época e a de hoje? Eles são menos pacientes?", perguntou Fefito. Sarah tem um olhar afetuoso sobre os jovens e adolescentes atuais:
Acho que tudo vai melhorar. Mas os jovens que cresceram nos anos 2000 tinham mais acesso a coisas boas.
"Outro dia, vi a Vitória, da Anavitória, falando que elas cresceram e foram adolescentes numa época tão gostosa, e viraram jovens adultas numa época mais retrograda, conservadora", lamentou.
"Você acha que os jovens hoje são menos interessados em música?", insistiu Fefito. Para Sarah, que sempre exerceu o papel de curadora musical, a questão é outra:
Eu acho que falta referência. Quando se tem referência todo mundo gosta de coisa boa.
'MTV hoje ia ajudar em muita coisa'
No programa do UOL, Fefito pediu para Sarah Oliveira fazer um exercício de imaginação para tentar pensar como seria a MTV Brasil em 2022.
"Seria possível uma MTV tocando sertanejo e outros gêneros de hoje?" Sarah aposta que sim. "A MTV ia se adaptar a tudo. Sempre se adaptou", disse.
A MTV ia se adaptar inclusive às questões de gênero. Ela seria super possível hoje - e ia ajudar em muita coisa.
De Lado Com Fefito
O De Lado com Fefito vai ao ar toda quinta-feira, às 14h, na home UOL e no canal de Splash no YouTube. Artistas e personalidades da mídia batem um papo com o colunista de Splash que vai de vida e carreira aos momentos de vergonha alheia que todo mundo passa de vez em quando.
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