Casal nerd lucra até R$ 20 mil com vídeos de sexo: 'Todo mundo transa'
O casal nerd lucra até R$ 20 mil por mês com a venda de conteúdos adultos para o público geek. Naturais de Belém (PA), Aline, de 30 anos, e André, de 32, contam que se conheceram em um aplicativo de namoro há cinco anos e, desde o início da relação, gostam de gravar suas intimidades.
Além de lucrar com os conteúdos sensuais e explícitos em plataformas como a Privacy, eles acreditam que ajudam a quebrar o estereótipo em torno do público nerd. A história de que os geeks não namoram, nem transam ficou para trás.
"Antes nerd só era homem, era extremamente contido, só jogava videogame. Antes era assim, mas hoje não. Os quadrinhos de super-heróis fizeram expandir o que é a imagem de um nerd. Hoje, vemos geeks em academia malhados, tomando bomba. É o André", comenta Aline.
"A sociedade tinha preconceito, já sofri bullying no colégio por ter espinhas, ser gordo e gostar de Pokémon... Hoje, com a explosão da Marvel e alguns jogos, a própria internet mostrou que meninas também gostam de super-herói. Não é porque você gosta de x que tem de ser 'o nerd que fica no canto quietinho'. O sexo faz parte da vida de todas as pessoas. Não tem por que ficar se reprimindo", diz André.
Nerd também transa. Usando a linguagem nerd, nós estamos saindo das sombras.
André, aos risos
Eles gravavam suas relações sexuais somente por hobby, mas depois perceberam que poderiam lucrar com isso. Aline foi a responsável por apresentar a ideia a André após ver uma influenciadora divulgando a prática em um vídeo no TikTok.
Os primeiros vídeos postados eram gravações antigas do casal. O foco em conteúdo geek surgiu naturalmente quando eles decidiram pensar em um que representasse um pouco dos dois. Foi aí que nasceu o nome "casal nerd".
"Não foi de propósito focar em ser geek, mas a gente não queria colocar coisa genérica como casal quente ou casal sexy. O que representaria a gente? Eu sou do mundo dos games e ele, dos quadrinhos e super-heróis. Representa o que a gente é. Os clientes percebem nossos gostos e vem conversar comigo no chat. Nós falamos sobre games, marcamos jogatinas", detalha Aline.
"Usamos cadeira game nos vídeos, iniciamos cenas com controles de videogame. Usamos roupa com temática geek... Fantasias e cosplayers ainda não, mas estamos trabalhando nessa ideia", adianta André. "É o fetiche dele", entrega ela.
Apesar do foco no universo geek, eles contam que têm um público variado. Acreditam que essas pessoas chegam ao perfil por meio da parceria com outros produtores e por fazerem conteúdo caseiro.
"É tudo real, eu não vou fazer sexo só para vídeo. Eu vou fazer porque quero, e ele a mesma coisa. Agradamos a todos por mostrar nossa intimidade, o publico gosta do que é real", diz Aline. "Até quando gravamos com outras pessoas, fazemos porque queremos estar ali também. Não queremos nada forçado", completa André.
"Vem pessoal nerd, pessoal que curte MILF (mulheres aduras), modelo plus size, mas nos comunicamos mais com o público geek mesmo", diz André.
Liberdade financeira
Hoje, o perfil na plataforma de conteúdo adulto permite lucro de até R$ 20 mil mensal e se tornou a principal fonte de renda do casal.
"Temos um salário de juiz, uns cinco dígitos... Por que eu perdi tanto tempo da minha vida? A gente faz o que gosta. Sempre fez vídeos, mas agora a Privacy permitiu que a gente vivesse disso", conta ele.
Antes, André era dono de uma casa lotérica, enquanto Aline fazia faculdade de Enfermagem. Ela chegou a trabalhar por três meses, mas não estava satisfeita. "Eu ficava estressada. Tinha de encarar mais de uma hora de trânsito para ganhar menos de 10% do que ganho hoje", diz ela.
"Agora, a gente pode ir para os lugares que a gente quer sem se apertar, precisar férias ou dar aviso a chefe. Temos mais liberdade financeira e geográfica. Dois meses atrás, a gente, do nada, foi para Recife assistir ao show do Guns N' Roses. É uma vida diferente que vale a pena. Podemos passar um mês viajando sem ficar se preocupando. Quase todas nossas viagens viram algum tipo de conteúdo também", continua ele.
Conteúdo adulto na CCXP?
Em época de CCXP, o casal nerd, claro, gostaria de estar no principal evento de cultura geek do país, o que não possível este ano. Mas eles adiantam que já fazem planos para a edição do ano que vem. Além de ir como visitantes, querem fazer "outras coisinhas mais", adianta Aline.
"Um dos sonhos que realizei com meu irmão foi ir à CCXP de 2018. Agora, quero ir com a Aline para ela ter essa experiencia. A CCXP é surreal", lembra André.
"Como a gente se mudou para João Pessoa neste ano, a gente combinou de meus pais virem para cá, por isso, a gente não conseguiria ir à São Paulo na data do evento. Mas, ano que vem vamos, queremos gravar conteúdos para plataforma e outros não tão explíticos, porque a gente gosta desse ambiente", finaliza ele.
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